Sociedade

Executivo vota apoio para mais um ano do Projeto de Mediadores Municipais e Interculturais

  • Porto.

  • Notícia

    Notícia

fib_porto_inclusivo_cerco_02.JPG

Filipa Brito

A continuidade do Projeto de Mediadores Municipais e Interculturais será apreciada na reunião privada de Executivo de segunda-feira, 4 de abril. A comparticipação financeira do Município do Porto tem um valor global de 100 mil euros e será repartida por quatro entidades.

Entre abril de 2019 e março de 2022, o Projeto de Mediadores Municipais e Interculturais, “no âmbito da execução das atividades previstas, atingiu um total de 222 ações concretizadas e 7940 pessoas envolvidas; e no Serviço de Mediação Municipal e Intercultural foram realizados 714 atendimentos, 94 acompanhamentos, 193 encaminhamentos e 54 mediações”, detalha o vereador da Coesão Social, autor da proposta.

“As políticas de integração dos migrantes e minorias étnicas, mobilizadoras dos agentes intersectoriais da cidade, públicos e privados, associações e grupos das diferentes comunidades, que prosseguem como objetivo comum consolidar uma cidade inclusiva e fortalecida pela sua diversidade, tornam imprescindível dar continuidade ao Projeto de Mediadores Municipais e Interculturais, num formato ajustado que vai integrar as aprendizagens adquiridas”, assinala Fernando Paulo.

Assente “numa parceria estratégica e multiterritorial” do Município do Porto com quatro entidades dos territórios de intervenção, o projeto levou a cabo “uma intervenção multidimensional” em “áreas específicas, tais como a cultura, a educação, a saúde, a cidadania, a habitação, a empregabilidade”.

Nesta renovação do Projeto de Mediadores Municipais e Interculturais, a Câmara do Porto vai manter os quatro parceiros que vinham a participar na iniciativa: o Espaço T – Associação para Apoio à Integração Social e Comunitária; a Associação de Solidariedade e Ação Social de Ramalde; a Associação Ludotecas do Porto; e o JRS Portugal – Serviço Jesuíta aos Refugiados.

O valor global de 100 mil euros a atribuir ao projeto, de acordo com o previsto na proposta do vereador da Coesão Social, será distribuído em três parcelas de 28 mil euros, a transferir para a Associação de Solidariedade e Ação Social de Ramalde, para o Espaço T – Associação para Apoio à Integração Social e Comunitária, e para o JRS Portugal – Serviço Jesuíta aos Refugiados. À Associação Ludotecas do Porto caberão 10 mil euros, e os restantes 6.000 euros ficarão para atividades a implementar pelo município.

“A Coesão Social é uma prioridade estratégica do Município do Porto sendo, por isso, fundamental implementar um conjunto de políticas ativas promotoras da qualidade de vida dos cidadãos e da harmonia social dos territórios”, conclui Fernando Paulo, sinalizando os destinatários destas políticas: “pessoas em situação de sem-abrigo, idosos isolados, vítimas de violência de género e doméstica, as crianças e os jovens em risco, as pessoas com necessidades especiais, e, em particular, as comunidades que, por razões socioculturais, carecem de uma intervenção focada e especializada, diga-se as comunidades ciganas e migrantes residentes na cidade no Porto.”

O Projeto de Mediadores Municipais e Interculturais da cidade do Porto foi aprovado na sequência de uma candidatura ao Programa Operacional Inclusão Social e Emprego, gerido pelo Alto Comissariado para as Migrações.