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IPO do Porto investe dois milhões de euros em equipamentos e no Serviço de Medicina Nuclear

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Miguel Nogueira

O Instituto Português de Oncologia (IPO) do Porto prevê investir dois milhões de euros até 2024 na radiofarmácia do Serviço de Medicina Nuclear, em radiofármacos e na aquisição de equipamento. Com este investimento, a unidade de saúde pretende preparar radiofármacos inovadores nas suas instalações com o objetivo de aumentar a capacidade de resposta a tratamentos personalizados para os doentes.

"A incidência das neoplasias [tumor que ocorre pelo crescimento anormal do número de células] tende a aumentar. Felizmente existem cada vez mais tecnologias que estão disponíveis e que estão a ter impacto no controlo da doença oncológica. Os radiofármacos são uma forma muito interessante e inteligente de tratar a doença oncológica. Infelizmente não num número muito significativo de patologias ainda, mas está progressivamente a aumentar o número de indicações para os quais se pode usar este tipo de medicamentos", afirma, em comunicado, citado pela agência Lusa, o presidente o IPO do Porto, Júlio Oliveira.

Segundo o IPO do Porto, os tumores neuroendócrinos e da próstata são as áreas de especialidade em que já se verificaram os primeiros resultados com a produção interna de radiofármacos.

"Na Medicina Nuclear estamos a fazer uma aposta na investigação clínica, oferecendo aos doentes outras oportunidades de tratamento após terem esgotado as oportunidades de tratamento convencionais", sintetizou Júlio Oliveira.

Em 2022, o Serviço de Medicina Nuclear do IPO do Porto realizou mais de 5.100 exames PET (imagens tridimensionais da distribuição das moléculas marcadas no corpo humano) e 486 terapêuticas inovadoras.