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Mancha amarela da CAIS alerta para pobreza e exclusão social

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Meia centena de pessoas juntaram-se na Rua de Santa Catarina, no Porto, numa ação coletiva de venda da revista CAIS. A iniciativa decorreu na passada sexta-feira e procurou chamar a atenção da sociedade civil para as questões da pobreza e exclusão social.

A ação inédita na cidade contou com a participação, para além dos habituais vendedores da revista da Associação CAIS, do vereador da Coesão Social da Câmara do Porto, Fernando Paulo, utentes de entidades parceiras, parceiros, voluntários e outras figuras que se associaram à causa, como Mariana Monteiro, atriz e capa da revista CAIS, em julho de 2021. Todos vestiram o colete que caracteriza a venda da publicação, formando uma mancha que se estendia pela rua e despertava a curiosidade. No final, os participantes rumaram ao Mercado do Bolhão para um momento de confraternização.

A associação CAIS tem como missão contribuir para a melhoria global das condições de vida de pessoas social e economicamente vulneráveis, em situação de privação, exclusão e risco.

A revista, que serve de mostruário do trabalho desenvolvido pela instituição de solidariedade social, na sua edição de outubro, teve como direção convidada o NPISA Porto - Núcleo de Planeamento e Intervenção Sem-Abrigo do Porto, com editorial assinado pelo vereador da Coesão Social, Fernando Paulo.

"Foi com muito gosto que aceitamos o convite para dirigir a edição de outubro da revista CAIS e, através dela, dar visibilidade ao trabalho que é desenvolvido, diariamente, na cidade em prol das pessoas mais vulneráveis. Contamos com dezenas de associações e desenvolvemos um trabalho em rede entre entidades públicas, privadas e da sociedade civil para executar uma estratégia local de intervenção centrada nas pessoas porque, tal como consta na capa da revista CAIS, ‘todos contam’", refere o responsável municipal.

A Associação CAIS nasceu em maio de 1994 com um projeto central de inclusão, oferecendo à população marginalizada um meio de reinserção pelo trabalho: a revista CAIS. Opera no Porto e em Lisboa e assume um papel de relevo na promoção do debate e reflexão sobre questões ligadas aos fenómenos da pobreza. A revista é publicada mensalmente, com tiragem de 5 mil exemplares e tem um preço de dois euros, sendo que 70% do valor reverte diretamente para o vendedor.