Sociedade

Novo agente de uma polícia mais próxima apresenta-se ao serviço à espera de reforços

  • Porto.

  • Notícia

    Notícia

Uma polícia mais próxima e uma cidade mais segura é o reflexo que se procura com a incorporação de 17 novos agentes (mais um) na Polícia Municipal do Porto (PMP). A missão que está na sua génese – a de proteger a comunidade local – conta com um reforço: no dia em que é dado a conhecer o projeto de Policiamento Comunitário, o Jeco estreou a farda e já foi ao Bolhão apresentar-se ao serviço.

“Sabemos que fazemos parte das vossas obrigações, de quem nos governa, inclui e olha para nós como gente ainda viva e ativa. Trazemos histórias que precisamos de partilhar. Vocês pensam em nós, têm tempo para nós, aliviam os nossos medos e inseguranças”. Assim descreve Maria dos Anjos, utente da Ordem do Carmo, a presença assídua dos agentes da PMP no dia-a-dia da instituição.

E João Pedro, da Somos Nós, garante: “vocês protegem-nos a nós e nós protegemo-vos a vocês”. Um caminho que, nas palavras do comandante da Polícia Municipal, “se faz de afeto, generosidade e cumplicidade”.

mno_apresentacao_policiamento_comunitario_18.jpg

“O policiamento comunitário é um serviço silencioso, mas muito presente, desafiando todos para uma contribuição ativa na nossa segurança”, sublinha António Leitão da Silva, que reafirma a atitude da PMP como colocando os agentes “equidistante das necessidades, mas sem nunca esquecer a especificidade de alguns públicos que apresentam algum nível de vulnerabilidade”.

Para o presidente da Câmara, “a aposta no reforço do policiamento de proximidade e de visibilidade deve ser continuada e aprofundada” de forma a que a Polícia Municipal tenha as condições de “cumprir a sua principal missão: proteger a comunidade local”.

[O investimento do Estado] é indispensável para continuarmos a viver com tranquilidade na nossa cidade e para podermos prevenir e combater eficazmente eventuais focos de insegurança”

Rui Moreira acredita que “se hoje a nossa cidade é reconhecida e procurada pelo seu bem-estar, segurança, paz social e qualidade de vida, isso deve-se, também, ao desempenho de excelência da Polícia Municipal”, mas que este reforço de pessoal “é claramente insuficiente para os atuais desafios de segurança urbana e rodoviária no Porto”.

Com a incorporação dos 17 novos agentes, que ficarão afetos às áreas deste policiamento comunitário, do trânsito e do Centro de Gestão Integrado, a PMP fica com um contingente de cerca de 200 agentes. O presidente da Câmara do Porto defende que deveriam ser quatro centenas, um investimento “à volta de seis a sete milhões de euros”, que seria “perfeitamente enquadrável no orçamento do Município do Porto”.

Por isso, e para que “o Estado não se exima às suas responsabilidades”, o autarca lembrou o compromisso do atual Governo em reforçar a PMP com uma centena de novos agentes. Para os receber, o Município já está a avançar em matéria de novas instalações, equipamento de proteção individual, fardamento e do aumento da frota de viaturas.

Para Rui Moreira, o investimento do Estado “é indispensável para continuarmos a viver com tranquilidade na nossa cidade e para podermos prevenir e combater eficazmente eventuais focos de insegurança”.

“É nosso objetivo promover um ambiente seguro e uma cultura de liberdade, convivência e tolerância que honre os valores liberais do Porto e o carácter cosmopolita da cidade”, assegurou.

Criámos laços de amizade, eles sabem o nosso nome e nós sabemos o deles”

Dividindo esforços na ação nas escolas, nos centros de dia e equipamentos residenciais para idosos, junto da comunidade de pessoas com deficiência e na sinalização e monitorização de cidadãos em situação de sem abrigo, o Policiamento Comunitário, sob o mote “Participa na segurança”, “é um projeto onde todos têm um papel importante a desempenhar”, afirma o chefe da PM, João Cunha.

No trabalho com as crianças, explica, “a PM desempenha um papel crucial ao abordar temáticas como o bullying ou o cyberbullying, a prevenção rodoviária e a promoção ambiental”. Além de “promover uma imagem de confiança”, João Cunha lembra como estas ações “tornam as crianças agentes consciencializadores dos adultos”.

mno_apresentacao_policiamento_comunitario_02.jpg

Sobre a ação junto de pessoas com deficiência, o chefe da PMP considera que “acima de tudo destruímos barreiras. Em conjunto com eles, aprendemos a construção de caminhos que promovam a autonomia destes jovens”.

Com equipas de trabalho específico, o Policiamento Comunitário “marca presença assídua” junto dos idosos “para esclarecer e prevenir, mas também para ouvir os seus medos e anseios histórias e preocupações que nos ajudam nas nossas ações e estratégias de intervenção”.

Igualmente relevante, os agentes da Polícia Municipal são a conexão das pessoas em situação de sem-abrigo com os serviços de apoio, uma “abordagem feita com respeito e empatia, reconhecendo a dignidade de cada individuo que se encontra nesta situação”.

Em cada lugar, com cada público, confessa, “criámos laços de amizade, eles sabem o nosso nome e nós sabemos o deles”. E Maria dos Anjos relembra que “estamos sempre à vossa espera. Obrigada”. E agora, também, da visita do Jeco.