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Olimpíadas desfilam em trajes de papel pelas ruas da Foz

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Miguel Nogueira

Os Jogos Olímpicos e as “cidades das nossas medalhas” são a inspiração principal da edição deste ano do Cortejo de São Bartolomeu que, este domingo, volta a encher as ruas da Foz do Douro de centenas de trajes feitos em papel. A fazer jus ao tema, aos cerca de 500 participantes e dez mil espetadores esperados, junta-se a campeã olímpica Rosa Mota como convidada especial. Como sempre, tudo começa no largo de Sobreiras e termina no “banho santo”, na Praia do Ourigo.

Em jeito de desfile olímpico, a União de Freguesias de Aldoar, Foz do Douro e Nevogilde irá representar as cores parisienses, o Desportivo Operário Fonte da Moura enverga o espírito da capital britânica, o bloco da Associação de Moradores do Bairro de Aldoar leva como tema o Rio de Janeiro, e a Associação de Moradores da Pasteleira desfila com as cores das cidades orientais.

O culto a São Bartolomeu já está documentado na Foz do Douro pelo menos desde o início do século XIX, referindo-se a uma prática antiga de culto ao poder regenerador das águas e ao banho santo. Gaguez, enfermidades nervosas, possessões demoníacas e males de pele, é tudo eliminado no “banho que vale por sete”.

Recorde-se que o Cortejo de Trajes de Papel tem vindo a preparar uma candidatura a Património Imaterial da UNESCO, em conjunto com os municípios espanhóis de Mollerusa, Amposta e Güeñes, que vivem tradições semelhantes.

Assim, este ano, a celebração a São Bartolomeu incluiu, também, uma exposição de vestidos em papel de Mollerussa e Amposta, que pode ser visitada, entre sábado e o dia 1 de setembro, além de uma Feira Renascentista, que decorre entre quinta-feira e domingo, ambas no Forte de São João Baptista.