Economia

Porto impulsiona atratividade do país em matéria de investimento estrangeiro

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Foi apresentado esta semana o mais recente estudo da EY relativo à atratividade de Portugal em matéria de Investimento Direto Estrangeiro (IDE), que confirma a trajetória ascendente do país, com o Porto na dianteira. O vereador da Economia, Emprego e Empreendedorismo marcou presença na discussão em torno da questão “O que podemos fazer para melhorar a procura de IDE dirigida a Portugal?”.

Numa conversa com Pedro Cruz, da NeoGreen Hydrogen, Cristina Fernandes, da Fresenius Kabi, e Miguel Frasquilho, da United Business e do Conselho Estratégico para Atração de Investimento da Confederação Empresarial de Portugal, Ricardo Valente lembrou como o Porto assumiu, recentemente, o ranking das Cidades Europeias do Futuro do Financial Times, vendo, assim, reconhecida a sua estratégia de promoção de investimento direto estrangeiro.

Citado no estudo, o vereador da Economia, Emprego e Empreendedorismo reafirma que “o Porto vive de portas abertas ao mundo e com os olhos postos no futuro, tolerante à mudança e capaz de concretizar as ambições de quem se sente inspirado a arriscar num ambiente multicultural e internacional”.

O estudo da consultora refere que a cidade se tornou um “centro de investimento direto estrangeiro no Sul da Europa, atraindo mais de 2,7 mil milhões de euros em projetos de investimento e sendo capaz de criar 17.400 empregos nos últimos três anos”.

A EY destaca a “trajetória ascendente” da cidade, refletida nas mais de 2.250 empresas estrangeiras com sede na região, “incluindo centros de tecnologia e serviços de TI de todo o mundo como a Natixis, a Euronext, a Kantar, a TeamViewer, a Maersk ou a Critical Techworks.

“A proposta de valor do Porto como centro global do futuro decorre do vasto conjunto de talentos da região, universidades de classe mundial, ambiente próspero de inovação e empreendedorismo, localização ideal com uma infraestrutura digital moderna e uma grande conectividade com os mercados da União Europeia e globais, bem como a excecional qualidade de vida e a natureza acolhedora”, sublinha a consultora.

Para a EY, “estes fatores estruturais, aliados à combinação única de património cultural e inovação, fazem do Porto um centro de negócios ideal para as empresas do século XXI desenvolverem projetos altamente inovadores e se adaptarem rapidamente aos desafios atuais”.

Recorde-se que, de acordo com o Boletim Económico do Porto, de 2021 para 2022, a cidade assistiu a um aumento de 67,9% do investimento direto estrangeiro, representando cerca de 600 milhões de euros. No ano passado, esses projetos foram responsáveis pela criação de 2.690 novos postos de trabalho na cidade. Em crescendo – mais 19,7% – estava também o número de empresas criadas.

No cômputo geral, o estudo conclui que Portugal é o sexto principal destino de investimento na Europa, tendo crescido 24% face a 2021. Com 248 projetos, o país foi o que mais cresceu entre os dez países europeus no topo da atração de investimento.

Os números recolhidos pela consultora, com as cidades do Porto e Lisboa a apresentar um “potencial para criar, pelo menos, 24.574 novos empregos”, confirmam “a atratividade do país na economia digital”, “contribuindo para uma economia nacional mais sofisticada, assente em serviços avançados”.

Apesar da instabilidade política, a EY sublinha como Portugal “conseguiu mostrar elevada resiliência ao nível macroeconómico e financeiro”, que se traduziu num número recorde de projetos de Investimento Direto Estrangeiro. A liderar a lista de países que escolheram Portugal para investir está a Alemanha, seguida dos Estados Unidos, da França, do Reino Unido, Espanha e Suíça.