Salão Piolho oferece cine-concertos em quatro espaços culturais da cidade

A partir de hoje e até sábado decorre a sexta edição do Salão Piolho, ciclo organizado pela Fundação INATEL, com apoio municipal, e que junta quatro géneros cinematográficos (drama, comédia, documentário e terror) a três estilos de música (tradicional portuguesa, jazz e eletrónica). As sessões vão decorrer em quatro espaços culturais da cidade.

A primeira proposta será apresentada hoje, no Cinema Trindade, a partir das 21h45. “Os Lobos”, filme realizado em Portugal pelo italiano Rino Lopo, será acompanhado ao vivo pela dupla Bicho Carpinteiro. O projeto de Vasco Ribeiro Casais e Rui Rodrigues, que mistura viras, fados e chulas com rock e folk instrumental, vai criar um complemento sonoro para a história de uma aldeia na Serra da Cabreira agitada com a vinda de um ex-presidiário.

Amanhã, dia 25 de novembro, às 21h30, o Círculo Católico de Operários do Porto (CCOP) recebe uma estreia absoluta. A comédia “Marinheiro de Água Doce”, com o célebre Buster Keaton no papel de um jovem que se apaixona pela filha do inimigo do pai, terá banda sonora, em direto, a cargo de João Cabrita. Depois de mais de 30 anos a tocar em bandas como Despe e Siga, Sitiados, Kussondulola, Assessores (que acompanha Sérgio Godinho), Dead Combo ou Cais do Sodré Funk Connection, o saxofonista lançou em 2020 o seu primeiro álbum a solo ("Cabrita”).

O programa continua no dia seguinte, sábado, às 18h00, com a exibição do histórico filme “Nanook, o Esquimó”, a primeira longa-metragem documental conhecida realizada por Robert Flaherty, que mostra a vida de um habitante do Ártico alheio à tecnologia industrial. Na altura em que celebra o seu centenário, a obra será projetada na Casa das Artes com música à medida, composta pelo guitarrista Nuno Costa e o pianista Óscar Graça, dupla cujo projeto Filme-Concerto tem dado voz a películas em vários festivais e ciclos de cinema nacionais.

A sexta edição do Salão Piolho termina sábado, dia 26 de novembro, com outro título incontornável da história do cinema, também a cumprir, este ano, um século: “Nosferatu”, do alemão F. W. Murnau. O clássico de terror, a primeira e mais famosa adaptação de “Drácula” para o grande ecrã, pode ser visto no Maus Hábitos, às 21h30, com acompanhamento musical de Ka§par, produtor e DJ que se move entre diferentes sonoridades urbanas e eletrónicas. Este espetáculo será também uma estreia absoluta.

Os quatro cine-concertos do ciclo têm acesso gratuito, sujeito à lotação de cada espaço. As entradas podem ser reservadas, através do telefone 210 027 148, que terá depois de ser levantada na respetiva bilheteira, até 15 minutos antes da sessão.