"A cidade apresenta uma crescente qualidade de vida, elevado bem-estar urbano e maior coesão social", garante Rui Moreira

O presidente da Câmara do Porto apresentou, esta segunda-feira à noite, durante a Assembleia Municipal um conjunto de indicadores sobre a evolução da cidade nos últimos meses, documento apresentado também no último Conselho Municipal de Economia. Depois de já se ter pronunciado sobre a evolução demográfica e turismo, Rui Moreira garantiu, perante os deputados municipais, que "há a convicção profunda de que a cidade apresenta uma crescente qualidade de vida, elevado bem-estar urbano e maior coesão social".

"O Porto está mais moderno e cosmopolita, sem perder o seu carácter único. Tem uma vida cultural vibrante e diversificada, capaz de cativar vários públicos", sublinhou, apresentando dados estatísticos que comprovam toda essa dinâmica, como seja o caso da InvestPorto, que "já apoiou cerca de 1,8 mil milhões de euros de investimento e a criação de mais de 22 mil empregos diretos".

Também as 43 empresas do programa Porto Leading Investors, impulsionado pelo Município, "geraram, em 2022, um impacto de cerca de dois milhões de euros na produção nacional e de 1,2 milhões de euros no Valor Acrescentado Bruto. Estas empresas asseguram mais de 25 mil postos de trabalho, dos quais 11 mil são referentes a empregos diretos".

De acordo com o autarca portuense, até ao Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), "o Município não tinha instrumentos financeiros suficientemente robustos para acelerar a construção de habitação pública e assim contrariar o aquecimento do mercado imobiliário".

Neste âmbito, a Domus Social lançou, recentemente, obras muito relevantes de habitação pública. Em primeiro lugar, "há a assinalar o lançamento da empreitada do Bairro da Tapada", revelou Rui Moreira, adiantando também "o início da muito aguardada empreitada de reabilitação do Bairro do Bom Sucesso" e o "lançamento do concurso de empreitada para 32 novos fogos de renda acessível nas Eirinhas", representando um investimento de cerca de 5,3 milhões de euros, financiado também com fundos do PRR.

Até à data foram colocados a concurso 337 fogos integrados nos programas municipais de habitação acessível. Nestes programas, "os portuenses encontram soluções de habitação com rendas compatíveis com os seus rendimentos. É o caso, por exemplo, do programa Porto com Sentido, que reconhecidamente tem sido um sucesso", acrescentou.

Apostas na coesão social e educação

Nas áreas da coesão e inclusão social destaque para a abertura das candidaturas ao Laboratório de Inovação Social do Porto, uma iniciativa de estímulo à apresentação de soluções inovadoras para os problemas sociais da cidade. Já o Centro de Inovação Social concelhio desenvolveu mais de 200 projetos de empreendedorismo e inovação social, capacitando cerca de 500 potenciais empreendedores sociais.

"No âmbito da cooperação interinstitucional, foram apoiadas, no último ano, cerca de 200 instituições/associações de cariz social. Este trabalho colaborativo contribui para uma crescente eficácia e eficiência das respostas locais, elevando a quantidade e qualidade da ação social na cidade", afirmou o presidente da Câmara.

Rui Moreira lembrou também que, nos últimos 11 anos, "foram investidos mais de 75 milhões de euros na requalificação e reequipamento das escolas que estavam sob a responsabilidade do Município. Anualmente destinamos à Educação cerca de 40 milhões de euros".

De entre as inúmeras obras de requalificação saliente-se as intervenções nas escolas básicas da Pasteleira, nas Condominhas, em Nevogilde, no Bom Sucesso, nas Flores e, mais recentemente, na Escola Secundária Alexandre Herculano, na Escola Básica do Falcão e na Escola Básica dos Correios.

Em curso estão obras de requalificação na Escola Básica Agra do Amial e de renovação de polidesportivos em seis escolas básicas e secundárias. Em meados do próximo ano vão iniciar-se na Escola Básica da Ponte, bem como as obras dos arranjos exteriores e a cobertura do campo de jogos da Escola Secundária Alexandre Herculano.

Ambiente, Desporto, Bolhão e Feira do Livro

Já na área do ambiente, Rui Moreira sublinhou o investimento municipal "na beneficiação e ampliação de espaços verdes – fator essencial para a promoção da qualidade de vida e do bem-estar urbano". Destaque para o início das obras de requalificação do Jardim de Teófilo Braga, conhecido como Praça da República, as intervenções nos jardins de Arca d´Água e do Roseiral, no Bairro da Agra do Amial e no parque da Alameda de Cartes, para além das obras em curso do futuro Parque Urbano da Lapa.

Em termos desportivos, as piscinas da Constituição e de Cartes e os pavilhões Irene Lisboa, Viso, Fontes Pereira de Melo, Nicolau Nasoni e Pêro Vaz de Caminha foram alvo de obras de reabilitação, a cargo da Ágora e com fundos do PRR.

"Não quero terminar este balanço sem referir que o Mercado do Bolhão, cuja reabilitação faz este mês dois anos, ultrapassou a marca de 10 milhões de visitantes. Foram batidos os recordes de afluência diária e mensal, atingindo-se os quase 600 mil visitantes por mês", revelou o presidente da Câmara, sem esquecer outro recorde de visitantes, alcançado na Feira do Livro do Porto. "Na sua 11.ª edição, o certame superou as 220 mil visitas, um aumento de 18% em relação a 2023", concluiu.

Após a intervenção de Rui Moreira seguiu-se o debate, com a intervenção de todas as forças políticas representadas na Assembleia Municipal.