Sociedade

A Europa abre-se ao diálogo para incentivar participação jovem no seu futuro

  • Porto.

  • Notícia

    Notícia

A participação jovem nos processos de decisão, particularmente nos processos eleitorais, o funcionamento do Parlamento Europeu, o alargamento da União Europeia e o reforço do Orçamento Europeu foram os temas de uma aula aberta promovida pela Universidade Portucalense Infante D. Henrique. Em semana de eleições europeias, a vereadora da Juventude participou no "Diálogo com Jovens: As Instituições Europeias e o Futuro da Europa".

"Maus políticos são eleitos por bons eleitores que ficaram em casa". Foi assim que Catarina Araújo lançou o desafio para que os jovens não fiquem em casa, no próximo domingo.

Sublinhando a importância destas eleições, a vereadora lembrou que "não podemos dar por adquirido aquilo que temos" e que "as conquistas que vieram com a Democracia a qualquer momento podem ser colocadas em causa".

Não deixem que os outros decidam por vós”.

"No atual contexto geopolítico, a sua importância é acrescido. Termos uma guerra na Europa, outra no Médio Oriente, tensões políticas nos Estados Unidos com a China fazem com que a União Europeia tenha um papel decisivo no futuro próximo", afirmou, deixando o apelo para que os jovens "não deixem que os outros decidam por vós".

Ao debate, Catarina Araújo trouxe, por isso, a questão da abstenção, que, ao contrário das últimas tendências apresenta números na ordem dos 77% de jovens portugueses que tencionam votar nas eleições europeias, o que “contraria a visão de que os jovens estão desinteressados”.

Neste contexto, a vereadora recordou que “a participação jovem é um dos cinco objetivos da Estratégia da Juventude do Porto 4.0, pelo que o Município dá particular destaque a esta matéria, constituindo-se esta iniciativa como mais um exemplo deste trabalho, sempre desenvolvido com e para os jovens”.

gco_dialogo_jovens_instituicoes_europeias_futuro_europa_2024_09.jpg

Nesta aula aberta participou, ainda, o chefe do gabinete do Parlamento Europeu em Portugal, Pedro Valente da Silva, que lembrou como “hoje as pessoas têm acesso à informação, inclusive a ferramentas de fact checking que lhes permite confirmar a veracidade da informação que lhes chega pelas mais diversas vias”. Somando a isto a possibilidade de “votar em mobilidade em qualquer ponto do país, e até no estrangeiro”, leva o responsável a acreditar “que a abstenção possa ser menor nestas eleições”.

Por seu lado, o presidente da Associação de Estudantes da Universidade Portucalense Infante D. Henrique defende que “nunca houve uma geração de jovens tão interessada pela política do que agora”. “Vemos muitos jovens ativistas em várias áreas, que fazem valer a sua voz em prol das causas em que acreditam, pelo que, se os políticos estiverem disponíveis para ouvir os jovens, seguramente a abstenção dos jovens nos atos eleitorais reduzirá”, acredita Rodrigo Durana.