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“A República está bem de saúde”, garante Rui Moreira na cerimónia evocativa do 31 de Janeiro

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“Depois do que se passou ontem, a República está bem de saúde. A liberdade continua a passar por aqui”. A garantia foi deixada hoje pelo presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, durante a cerimónia evocativa da revolta de 31 de Janeiro de 1891, no cemitério do Prado do Repouso.

Fazendo um paralelismo dos acontecimentos de há 131 anos com a atualidade, Rui Moreira não deixou de elogiar o sentido cívico demonstrado ontem pelos portugueses, durante o ato eleitoral. “Depois do que aconteceu [este domingo] podemos deixar algum pessimismo de parte. Respira-se muito melhor”, sublinhou o presidente da autarquia portuense.

Rui Moreira recordou, a propósito da data que hoje se celebra, que “os portuenses não esquecem o 31 de Janeiro. Sempre foi assim. O Porto será sempre uma cidade vigilante, de convicções arreigadas, que não se deixa abusar”. E concluiu: “Nós, os portuenses, não queremos deixar de ser portugueses”.

Antes, foi lida uma alocução de Inês Fernandes Godinho, doutora em Direito e membro do Conselho Nacional de Ética para as Ciências da Vida, que fez o enquadramento histórico da que ficou conhecida também pela “revolta dos sargentos”. Intervieram ainda Luís Cameirão, presidente da direção da Associação Cívica e Cultural 31 de Janeiro, Lima Coelho, presidente da direção da Associação Nacional de Sargentos, e Fernando Cabecinha, Grão-Mestre do Grande Oriente Lusitano.

A cerimónia começou com o içar da bandeira e canto do hino nacional. Junto ao monumento aos heróis da revolução tinham já sido colocadas coroas de flores.

A Revolta de 31 de Janeiro de 1891 foi o primeiro movimento revolucionário que teve por objetivo a implantação do regime republicano em Portugal – o qual se viria a concretizar-se em 5 de Outubro de 1910.