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Arquivo do artista Julião Sarmento doado à Fundação de Serralves

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A Fundação de Serralves e Isabel Sarmento, viúva do artista Julião Sarmento (1948-2021), um dos artistas portugueses mais relevantes das últimas décadas no panorama nacional e internacional, assinaram o contrato de doação à instituição do Arquivo Julião Sarmento.

O Arquivo Julião Sarmento contém parte substancial da História da Arte Contemporânea portuguesa, desde os anos 70 do século XX. Reúne textos, vídeos, áudios, imagens, artefactos, entrevistas, artigos de jornal, críticas e correspondência trocada com outros artistas referenciais do seu tempo.

A doação vai, agora, dar ao Museu de Serralves a possibilidade de ampliar as hipóteses de pesquisa, de divulgação e de apresentação de um dos mais importantes arquivos de arte do país.

O estudo do Arquivo Julião Sarmento vai permitir investigar em profundidade um ciclo ininterrupto de atividade, fundamental para a arte portuguesa em Portugal e no mundo, em que se destacam documentos relativos às criações de Julião Sarmento, às criações dos artistas a que se associou e a projetos de cariz laboratorial e experimental que desenvolveu.

Através da organização de exposições, conferências e outras propostas, a apresentar em Portugal e no estrangeiro, este Arquivo irá adquirir uma nova vida, permitindo renovadas leituras dos seus documentos.

Coleções pelo mundo

A Fundação de Serralves é detentora de uma coleção de arte de grande relevância internacional, que integra obras de sua propriedade e obras em depósito de longa duração provenientes de várias coleções públicas e privadas.

Integram a sua coleção relevantes acervos e arquivos na área das artes plásticas, do cinema e da arquitetura como os arquivos Álvaro Siza, Manoel de Oliveira, Atelier RE.AL de João Fiadeiro, Alternativa Zero, entre muitos outros.

A ampliação do Museu de Arte Contemporânea, que culminou na recente inauguração da ala Álvaro Siza, permite a Serralves ter um espaço onde mostrar, em permanência, a sua coleção e arquivos, promovendo a valorização de um património cultural único.

O Arquivo Julião Sarmento será objeto de uma publicação a editar por Serralves, assim como da organização de uma exposição e de uma série de conversas e conferências em seu torno.

Julião Sarmento, que representou Portugal na 46.ª Bienal de Veneza, exibiu, em Serralves, o seu trabalho em inúmeras ocasiões, destacando-se a exposição individual, "Noites Brancas", que ocupou todo o Museu de Serralves em 2012. É também nos jardins do Parque das Águas que pode ser descoberta uma das suas esculturas, que integra o Mapa de Arte Pública do Porto.

Atualmente, o trabalho do artista está representado em muitas coleções públicas e privadas na América do Norte e do Sul, Europa e Japão.