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Cemitério de Agramonte acolheu homenagem aos dadores do corpo à ciência

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O Serenarium do Cemitério de Agramonte acolheu, na quarta-feira, a cerimónia de homenagem a todos os cidadãos que doaram o seu corpo para fins de ensino e investigação científica.

A iniciativa, intitulada “Evocação da Dádiva”, visa relembrar a importância da doação cadavérica para o desenvolvimento de conhecimentos e na formação em medicina, dádiva que tem contribuído para manter vivo o Programa de Doação Cadavérica da Unidade de Anatomia do Departamento de Biomedicina da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP).

A cerimónia, realizada em colaboração com o Pelouro do Ambiente e Transição Climática da Câmara do Porto, contou com as intervenções de Filipe Araújo (vice-presidente da Câmara do Porto), Altamiro da Costa Pereira (diretor da FMUP), padre Manuel de Amorim Barreiro (capelão do Serviço Religioso do CHSJ), Maria Teresa Moreno (em representação dos dadores) e António Rodrigues (em representação dos estudantes do Mestrado Integrado de Medicina). A sessão foi iniciada e encerrada com apontamentos musicais da responsabilidade de estudantes da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (solo de violino de Sara Lisboa, aluna do 1.º ano do Mestrado Integrado de Medicina e Grupo de Fados da FMUP).

A doação de cadáveres para estudo e investigação é um ato com profundo significado social, que a cerimónia, agora recuperada após a suspensão devido à pandemia Covid-19, procura honrar.

É o retomar de uma prática instituída pela FMUP e que pretende prestar uma singela homenagem a todos os cidadãos que, desde 1980, doaram o seu corpo e contribuíram para a formação médica de milhares de estudantes e profissionais de saúde.

Nos últimos quatro anos, as intenções de doação têm aumentado gradualmente, mas ainda estão longe dos números fixados antes da pandemia. Em 2023, deram entrada na FMUP 325 novas intenções de doação.