Ambiente

Cidade reflete sobre estratégias para enfrentar desafios das alterações climáticas

  • Porto.

  • Notícia

    Notícia

A terceira sessão do ciclo CITTA4TALKS teve como tema de debate "Repensar a Ação Climática: como transformar a cidade com a comunidade". Com o contributo do vice-presidente da Câmara do Porto, Filipe Araújo, os oradores refletiram sobre o impacto passado, presente e futuro deste fenómeno e de que forma se pode contornar o problema.

O encontro, que ocorreu na Galeria da Biodiversidade, juntou especialistas, docentes, investigadores, instituições, agentes e o público em geral, que trouxeram à tona ideias e estratégias para transformar a cidade de modo a responder melhor aos desafios climáticos.

Durante a conversa, Filipe Araújo começou por refletir sobre aspetos que constituem problemas ou dificuldades nas respostas às alterações climáticas, sustentando que estas "são um sintoma da rutura de um modelo de economia linear".

O também vereador do Ambiente e Transição Climática realçou a importância que a comunidade tem na resposta aos desafios, sobretudo ao aderir aos projetos de combate ao flagelo do clima que estão na mira do Município. "O Porto está a trabalhar que possamos acelerar a transição para uma economia mais circular", reforçou Filipe Araújo.

Exemplo disso são os projetos na área do desperdício alimentar, como é o caso da feira de produtos locais biológicos, no Parque da Cidade, as hortas urbanas do Porto, a rede de restaurantes solidários ou o Projeto Embrulha, que, desde 2016, já conseguiu evitar que 28 toneladas de alimentos fossem descartadas.

Redução do veículo pessoal

O vice-presidente da Câmara do Porto também destacou que, para que haja uma redução das emissões, "é fundamental priorizar a atuação nas áreas com maior contributo", como é o caso dos transportes e edifícios.

No caso da mobilidade, por exemplo, a prioridade está voltada para a redução do uso do veículo individual, incentivando as pessoas a transitarem para o transporte público, partilhado e de zero emissões.

De olhos postos no futuro, e de modo a acelerar a transição climática, Filipe Araújo deixou algumas sugestões para a construção de uma cidade que, em conjunto com a comunidade, irá contribuir para uma ação climática positiva: todas as atividades económicas devem ser neutras em carbono, o emprego local, direto e indireto, deve ser encorajado e fomentado na área da proteção da biodiversidade e a energia tem de estar disponível, ser acessível e sustentável.

O evento, organizado pela CITTA – Centro de Investigação do Território, Transportes e Ambiente (FEUP/FCTUC), contou ainda com o contributo da arquiteta paisagista Teresa Andresen, de Fátima Vieira, da Reitoria da Universidade do Porto, e Bruno Giesteira, professor de Belas Artes da Universidade do Porto.