Cultura

Cidades Património Mundial reforçam cooperação para o desenvolvimento económico, social e cultural

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Reunidas no Porto, as 16 cidades que compõem a Rede Colaborativa sobre Ofícios e Técnicas Tradicionais para a Conservação do Património da Secretaria Regional da Europa do Sul e Mediterrâneo da Organização das Cidades Património Mundial (OCPM) procuraram novas formas de uma colaboração mais efetiva. A cerimónia de abertura dos trabalhos contou com a presença do presidente da Câmara.

“As políticas patrimoniais são fundamentais para preservar a essência do lugar e garantir que a identidade histórico-cultural das cidades é salvaguardada, valorizada e transmitida às novas gerações”, sublinhou Rui Moreira, na manhã desta quarta-feira, no Palacete Viscondes de Balsemão.

Entendendo “qualquer conjunto patrimonial” como um “organismo vivo e dinâmico”, o autarca recusou “a musealização das cidades património mundial”. E deu o exemplo do Porto, que “tem sabido manter a integridade da paisagem urbana do seu Centro Histórico”, Património Mundial da UNESCO desde 1996.

Rui Moreira recorda como ali “foi preservada a autenticidade de um tecido urbano único no mundo, graças um processo de reabilitação ponderado e rigoroso”.

Por isso, defende “uma política que faça do património um fator de transformação das cidades, tendo em vista a melhoria dos seus indicadores de qualidade de vida”. “Importa conciliar os valores patrimoniais a preservar com os interesses e as necessidades das comunidades locais, em particular no que respeita ao acesso a habitação digna”, sublinhou o presidente da Câmara.

A defesa das caraterísticas urbanas, arquitetónicas e culturais das cidades património mundial deve ser um meio para promover o desenvolvimento económico, social e cultural das nossas cidades”

Para o autarca, importa promover “uma gestão que promova realmente a preservação do património, sem obliterar o interesse das comunidades locais ou negar as especificidades de cada cidade”.

Apelando a “mais e mais consequente” colaboração entre as cidades da rede “em projetos que conciliem os valores patrimoniais com as justas expetativas das comunidades”, Rui Moreira disse considerar que “a defesa das caraterísticas urbanas, arquitetónicas e culturais das cidades património mundial deve ser um meio e não um fim. Um meio para promover o desenvolvimento económico, social e cultural das nossas cidades”.

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No Porto, as cidades de Angra do Heroísmo, Aranjuez, Baeza, Cidade Velha, Córdoba, Cuenca, Elvas, Évora, Porto, Rodas, Segóvia, Sintra, Colónia de Sacramento, Dubrovnik, Quito e Vilnius aprovaram o documento a submeter ao Simpósio do Congresso Mundial de Córdoba, que acontece em setembro.

O momento contou com a presença do presidente da Câmara de Córdoba, José María Bellido Roche, do coordenador da Rede Colaborativa, Miguel Pedro, da representante da Secretaria Geral da OCPM, Letícia Sánches, e dos vereadores da Cultura e Património Histórico de Córdova, Isabel Albás Vives, e do Patrimònio de Baeza, Ignacio Montoro.