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Cinema com história para ver em abril e maio no Batalha

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Nos próximos meses, a Seleção Nacional e as Matinés do Cineclube — dois dos programas contínuos do Batalha Centro de Cinema — continuam a focar-se na história do cinema, destacando a produção nacional e os filmes que marcaram o percurso do Cineclube do Porto.

Com o intuito de pensar, valorizar e divulgar o património fílmico nacional, o Batalha comissaria um ciclo anual inteiramente dedicado ao cinema português e à sua história, com uma cadência quinzenal, às quartas-feiras, às 19h15.

Dividida em constelações, a proposta debruça-se sobre os desenvolvimentos políticos, estéticos e sociais do cinema português.

A Constelação #2: El Dorado dá enfoque à problemática relação do cinema português com África, apresentando, por um lado, filmes de diferentes décadas que tentam lidar com o peso da colonização e, por outro, filmes que tentaram mostrar a realidade desconhecida no contexto da ditadura.

Nos próximos dois meses, serão apresentadas obras de Alberto Seixas Santos, Faria de Almeida, Inês de Medeiros, Welket Bungué, Fernando Matos Silva, Carlos Conceição, José Miguel Ribeiro e Margarida Cardoso.

Quinzenalmente, aos domingos, às 11h15, as Matinés do Cineclube retomam uma ligação histórica com o Cineclube do Porto que remonta aos anos 40, recuperando o formato das matinés que aconteceram no Batalha durante várias décadas.

A seleção de filmes apresentada em abril continua a percorrer o percurso trilhado pelo Cineclube até à primeira sessão no Batalha, em novembro de 1947, assinalando também o centenário do realizador Lindsay Anderson.

A sessão de 16 de abril é dedicada ao centenário do nascimento do mestre do cinema britânico, cofundador do movimento Free Cinema e pioneiro da British New Wave, com a exibição da trilogia “Red, White and Zero”.

No dia 23, é apresentado “Tiger Bay”, de J. Elder Wills, com Anna May Wong, a primeira estrela de ascendência asiática em Hollywood.

Baseado no romance homónimo de Georges Simenon, e protagonizado por Simone Signoret e Alain Delon, “La veuve Couderc”, de Pierre Granier-Deferre, é a proposta da sessão de 7 de maio.

No dia 21, é exibido “Il deserto rosso”, aclamado filme de Michelangelo Antonioni com Monica Vitti.

A programação de maio inclui alguns dos filmes que integraram a programação do Cineclube entre abril e maio de 1974, um período marcante no contexto social, político e cultural português.