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Com mais de 30 horas música, nona edição do Porto Pianofest foi a mais participada de sempre

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Beatrice Berrut

Mais de 30 artistas fizeram da 9.ª edição do Porto Pianofest a mais participada de sempre. O festival, que decorreu entre 1 e 11 de agosto, contabilizou mais de 2200 espectadores, verificando-se um aumento de cerca de 10% face ao ano passado. Já a Maratona de Piano, que levou oito horas de música ao Mercado do Bolhão, contou com cerca de 20 mil espetadores.

Na 9.ª edição do Porto Pianofest, 11 locais emblemáticos do Porto, Matosinhos e Famalicão receberam 23 concertos, conferências e masterclasses, nos quais dezenas de artistas consagrados e novos talentos nacionais e internacionais interpretaram mais de 90 peças musicais. Na Invicta, salas como a Casa da Música, Palácio da Bolsa, Reitoria da Universidade do Porto ou Museu do Romântico encheram-se de curisosos.

“Sentimos um crescendo de público ao longo da programação, o que nos dá sinais muito positivos sobre o impacto do Porto Pianofest. A mensagem de que a música clássica está próxima das pessoas e disponível para todos passa para os espectadores, ao longo dos dias do festival”, referiu Nuno Marques, diretor do Porto Pianofest.

Atuações esgotadas

Algumas das atuações que enquadraram o programa deste ano acabaram por ficar esgotadas, destacando-se o concerto de encerramento no Palácio da Bolsa, com a pianista e compositora Beatrice Berrut.

No que diz respeito a estreias, destacam-se oito obras musicais portuguesas que foram apresentadas ao público pela primeira vez. Entre elas, as do “Projeto Mensagem”, uma antologia de literatura portuguesa interpretada pela voz da soprano Lara Martins e por Nuno Marques, ao piano.

Este momento musical, que decorreu no Pátio da Casa-Museu Guerra Junqueiro, foi uma das mais concorridas do festival, a par do concerto de José Ramón Mendez, na Reitoria da Universidade do Porto, e de atuações no Museu do Romântico que, de acordo com o diretor do Porto Pianofest, superaram “todas as expectativas do público”.

Neste último local, os concertos à hora do almoço, com entrada livre, esgotaram e a performance “Bach no Jardim” do pianista Evan Shinners fez o público dispersar por todo o jardim, muito para lá da capacidade de lugares sentados.

Mais de 70 horas de estudo do piano

A par dos concertos, os programas de ensino do Porto Pianofest terminaram também com balanço positivo. Mais de 20 músicos nacionais e internacionais integraram residências artísticas e masterclasses, num total de 75 horas dedicadas ao estudo do piano.

“Estes programas dão aos participantes importantes valências técnicas, mas procuramos que sejam mais do que isso. Queremos que, perante estes artistas consagrados ou emergentes, Portugal seja visto como um destino cultural dinâmico e relevante, onde possam regressar para mostrar a sua arte”, explicou Nuno Marques.

O resultado da 9.ª edição eleva as expectativas para a primeira década que o Porto Pianofest assinala em 2025. “Será uma edição de celebração e, só por isso, será especial, mas não queremos esquecer a essência deste festival: democratizar a música clássica e permitir que, através dela, o público redescubra lugares e salas ímpares”, frisou o diretor do Porto Pianofest.