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Da política à técnica, Porto integra desafio de pensar a “Engenharia para o Desenvolvimento”

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Com a premissa de que “cabe aos engenheiros de Portugal estudar as soluções técnicas aos problemas políticos do país”, o Município do Porto associou-se ao 23.º Congresso Nacional da Ordem dos Engenheiros, que, orientado pelo tema “Engenharia para o Desenvolvimento”, reuniu especialistas do setor, durante dois dias, no Super Bock Arena – Pavilhão Rosa Mota.

“O Porto é um exemplo vivo da importância da engenharia no desenvolvimento urbano, social e económico”, começou por sublinhar o vice-presidente da Câmara, na sessão de abertura do congresso, que contou, também, com a presença da ministra da Habitação, Marina Gonçalves, e do bastonário da Ordem dos Engenheiros, Fernando de Almeida Santos.

Considerando a engenharia como “motor de progresso e inovação da nossa sociedade”, Filipe Araújo recordou como “esta ciência tem sido fundamental na construção de infraestruturas importantes, na definição do ambiente construído da cidade, na resposta aos desafios da sustentabilidade, na mitigação e adaptação às alterações climáticas, no desenvolvimento de tecnologia, e tantos outros exemplos que contribuem de forma decisiva para uma melhoria da qualidade de vida dos cidadãos”.

Ao mesmo tempo, o vice-presidente referiu como “é enorme e reconhecida a qualidade do talento formado nas nossas instituições de ensino superior”, responsáveis pela formação de profissionais que “contribuem de forma decisiva para a atratividade e retenção de empresas de alto nível em Portugal”.

Em matéria de resposta às alterações climáticas, gestão de resíduos ou sustentabilidade urbana, Filipe Araújo, que é, igualmente, responsável pelo Ambiente e Transição Climática, considera que a engenharia “não é apenas parte da solução, mas a força motriz que levará rumo a um futuro mais sustentável e resiliente”.

“A visão da engenharia é crucial na definição de políticas e na implementação de estratégias que permitam moldar o nosso futuro, um futuro que seja favorável às próximas gerações”, concluiu.

Cidade como exemplo de engenharia no ambiente e na habitação e espaço público

O vice-presidente da Câmara participou, ainda, no painel de debate sobre “Engenharia e Cidades”. Numa mesa redonda com a participação das vereadoras das câmaras de Braga e Coimbra, Olga Pereira e Ana Bastos, respetivamente, e da especialista em mobilidade urbana, Paula Teles, Filipe Araújo afirmou que “a engenharia é chamada a solucionar”, nomeadamente numa sociedade que recorre, cada vez mais, à análise de dados para tomar decisões.

“Estamos num cenário cada vez mais exigente e é importante trazer a ciência e a técnica para a tomada de decisões”, considera, referindo áreas como a limpeza urbana ou outras, nas quais “não considero que estejamos atrás de muitas cidades europeias”. No entanto, sublinha o vice-presidente, “para tudo isto ser possível, há muita engenharia por trás”.

O Município do Porto esteve, igualmente, representado no Congresso da Ordem dos Engenheiros pelo vereador do Urbanismo e Espaço Público e da Habitação, Pedro Baganha, que debateu “Políticas de Habitação na esfera da intervenção da engenharia” com o presidente do Conselho da Construção e do Imobiliário da Confederação Empresarial Portuguesa, Fernando Santo, o presidente da Associação Portuguesa de Promotores e Investidores Imobiliários, Hugo Santos Ferreira, e o diretor-geral da Agenda Urbana, Álvaro Santos.

Ao presidente da Assembleia Municipal do Porto, Sebastião Feyo de Azevedo, coube assumir a conferência inaugural do congresso, sob o tema “A importância da engenharia para o desenvolvimento da sociedade”.