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"ELO" entre Coliseu e Clérigos fecha nove meses de trabalho inclusivo com espetáculo

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No dia 18 de junho, às 19h30, o projeto cultural inclusivo "ELO" leva ao palco do Coliseu Porto Ageas cerca de 60 pessoas sem experiência profissional nas artes do espetáculo para apresentarem ao público o resultado de nove meses de aulas e atividades.

Criado em outubro de 2023 pelo Serviço Educativo Coliseu, com o apoio da Irmandade dos Clérigos, o "ELO" é um projeto social e inclusivo único, centrado na união. União entre a cultura e educação, entre duas das maiores instituições do Porto e do país, entre as diferentes disciplinas artísticas (música, teatro, dança e storytelling), entre setores (social e educativo) e entre pessoas de diferentes idades e contextos sociais.

A atuar vão estar reclusos do Estabelecimento Prisional do Porto, um guarda prisional e técnicas que com eles trabalham no local, bem como alunos, pais, auxiliares e professores da Escola Pêro Vaz de Caminha. Também o público em geral, que efetuou inscrição na turma de teatro e de dança inclusiva, com idades entre os 14 e os 81 anos, vai participar.

Histórias com memórias

A apresentação conta ainda com as histórias que duas centenas de seniores de diversas instituições partilharam, a partir das memórias que guardam de vivências no Coliseu, na Torre e na Igreja dos Clérigos.

A primeira fase do projeto abriu o Coliseu e os Clérigos a visitas orientadas, para as quais foram convidados cerca de 240 adultos e seniores que integram várias associações sociais da cidade, desde lares e centros de dia a universidades seniores.

Ao longo das visitas, o Serviço Educativo Coliseu selecionou 20 histórias e memórias vividas nestes dois espaços incontornáveis da cidade, que serviram de inspiração para todos os grupos de trabalho.

Teatro, dança e música

Para além das visitas guiadas, parte fundamental do projeto foram as mais de 120 aulas de música, dança e teatro que decorreram entre outubro e junho. As aulas de teatro, orientadas pelo ator Pedro Lamares, ocorreram no Coliseu e contaram com a inclusão de jovens de duas instituições sociais da cidade: o Instituto Profissional do Terço e a Casa do Vale.

No caso da dança, com orientação da bailarina e coreógrafa Eliana Campos, foram acolhidos participantes das associações ADADA e de Espaço T, que, juntamente com inscritos do público geral, tiveram aulas, também, no Coliseu.

Já as aulas de música, orientadas por António Serginho (Daguida, Retimbrar) foram ao encontro dos alunos da Escola Pêro Vaz de Caminha, uma escola TEIP (Territórios Educativos de Intervenção Prioritária no Porto) e do Estabelecimento Prisional do Porto, em Custóias.

Os diferentes grupos já puderam participar juntos em ensaios gerais e perceber o que cada área artística preparou, à exceção dos reclusos de Custóias, que terão neste espetáculo o primeiro momento de participação conjunta.

A apresentação final é especialmente destinada a familiares, amigos e profissionais que trabalham com os alunos, e transporta em si uma simbologia e significado que são a força essencial do projeto: todos serão conduzidos e apoiados num grande trabalho em rede.