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Engenharia do Ambiente procura abrir caminhos para a meta da neutralidade carbónica

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Com vista a abrir caminho para atingir a meta da neutralidade carbónica, a Ordem dos Engenheiros Região Norte recebeu especialistas e estudantes da área do Ambiente para debater a "Descarbonização e Sustentabilidade". Para comprovar como a cidade tem procurado liderar pelo exemplo, o vice-presidente da Câmara do Porto levou ao Encontro Nacional do Colégio de Engenharia do Ambiente as várias medidas que o Município vem assumindo em matéria de transição ambiental.

Filipe Araújo lembrou como o Município foi pioneiro no lançamento do Pacto do Porto para o Clima, o compromisso que já conseguiu mobilizar mais de 600 subscritores individuais e institucionais, entre instituições, empresas, clubes desportivos, escolas, associações, unidades hoteleiras, entre outros, na missão de antecipar a meta da neutralidade carbónica para 2030.

Numa apresentação sobre "Cidades Sustentáveis", o também vereador do Ambiente e Transição Climática mostrou que, em 2020, o Porto já havia reduzido, em 52%, a emissão de carbono registada em 2004, facto que, entre outros, contribuiu para o reconhecimento como uma das 100 cidades que vão liderar a neutralidade carbónica na Europa até 2030.

Antes da abertura ao debate, onde também participaram a vice-presidente da Agência para a Energia, Ana Paula Rodrigues, da coordenadora da cooperativa de energias renováveis Copérnico, Ana Rita Antunes, Manuel Pinheiro, professor no Instituto Superior Técnico, e Jorge Alexandre, investigador no Laboratório Nacional de Energia e Geologia, Filipe Araújo lembrou como o Município vem trabalhando para a expansão de áreas verdes na cidade, com a duplicação destes espaços de acesso público e com a aposta na preservação de parque urbanos.

As soluções de base natural estão, também, cada vez mais reforçadas, referiu o vice-presidente, apresentando os exemplos do que foi feito no Parque Central da Asprela e do que está projetado para o futuro Parque da Alameda de Cartes.

Estas e outras medidas refletem o compromisso do Porto com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. Filipe Araújo recordou que o Município já tem definido um Plano de Arborização da Cidade e que mantém uma constante monitorização das 65 mil árvores espalhadas pelo espaço público.

Em matéria de água, o vice-presidente sublinhou os projetos de eficiência energética desenvolvidos nas ETARs, o novo projeto de reutilização de águas residuais para lavagens e rega, assim como os níveis alcançados de 13,4% de água não faturada, tudo em matéria de redução do desperdício de um bem cada vez mais escasso.

A intervenção ao nível da mobilidade e da promoção do uso dos transportes públicos e modos suaves, a construção de edifícios sustentáveis – como o Terminal Intermodal de Campanhã – uma cada vez melhor gestão de resíduos, assim como a promoção da reciclagem e de uma economia circular, acredita o vice-presidente, colocam o Porto na liderança das cidades que assumem a descarbonização e a sustentabilidade como um compromisso comum com o futuro. E a querer ir sempre mais longe.