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Espaços de calor aumentarão resposta a situações de sem abrigo e pobreza energética

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Podem ser igrejas, bibliotecas, mas também centros comunitários ou salas públicas (ou mesmo privadas) de fácil acesso. No Reino Unido, há até exemplos de autocarros de dois andares que circula para oferecer o serviço. Os espaços de calor que o Executivo acordou vir a criar serão lugares acessíveis e acolhedores onde as pessoas podem encontrar abrigo e aquecimento durante os meses mais frios, assumindo-se uma resposta mais a situações de sem abrigo ou de pobreza energética.

A recomendação foi colocada em cima da mesa pelo Bloco de Esquerda na reunião de segunda-feira e, considerando o Município do Porto "que a diversidade de respostas poderá contribuir para uma maior inclusão social", acolhida de forma unânime pelos vereadores.

Estes "espaços de calor" pretendem ser, igualmente, "lugares de acolhimento e solidariedade, onde as pessoas podem encontrar apoio emocional e comunitário, atividades culturais, de entretenimento e educativas", diz a proposta.

Além do calor físico, disponibilizam bebidas quentes, cobertores ou outros produtos essenciais, sendo que o Bloco de Esquerda acrescenta a importância das parcerias para a concretização do projeto, e "podem envolver desde a disponibilização de espaços, passando pela doação de alimentos e roupas até a oferta de serviços de aconselhamento e apoio".

O partido não tem dúvida de que "a participação ativa da comunidade é incentivada para garantir que as necessidades locais são adequadamente atendidas e contribuem para uma mudança de mentalidades".

Numa declaração de voto, o movimento Rui Moreira: Aqui Há Porto concorda que "o combate a este fenómeno, tão complexo e multifacetado, implica intervenções integradas, pois existem, nesta população, défices cumulativos em vários domínios da vida económica, social e cultural, não podendo ser tratados isoladamente".

E sublinha como "o Município do Porto tem vindo a promover uma política social que, entre outras vertentes, procura reduzir os efeitos da pobreza e da exclusão social, com ações concretas dirigidas aos grupos mais vulneráveis da população, procurando atuar ao nível da prevenção". Entre elas, a oferta pública municipal de habitação e o apoio ao arrendamento, assim como a Estratégia Municipal para a Integração das Pessoas em Situação de Sem-Abrigo.