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Estudantes de Psicologia e Educação Social visitam Joaquim Urbano

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O antigo Hospital Joaquim Urbano foi o local de estudo para um grupo de cerca de 50 alunos da unidade curricular de Psicologia Comunitária da Universidade Portucalense. Durante uma tarde, o vereador da Educação e da Coesão Social, Fernando Paulo, acompanhou os estudantes, a frequentar o segundo ano de Psicologia e de Educação Social e mostrou as valências disponíveis depois da transformação do espaço num centro de acolhimento temporário.

Trata-se de uma resposta de alojamento temporário para Pessoas em Situação de Sem-Abrigo criado, gerido e totalmente financiado pela Câmara do Porto. Dentro da estratégia municipal para a integração deste grupo, e conjuntamente com a equipa de intervenção de rua e a rede de restaurantes solidários, o investimento anual nesta resposta ultrapassa os dois milhões de euros.

Sendo uma estrutura de acolhimento de baixo limiar de exigência, o centro de acolhimento temporário possibilita a integração de qualquer pessoa que se encontre na condição de sem teto, não excluindo, à partida, nenhuma situação.

No Centro de Acolhimento Temporário Joaquim Urbano são disponibilizadas 40 vagas para alojamento de adultos homens ou mulheres, individualmente ou em casal, pessoas idosas, indivíduos com consumos ativos de substâncias (drogas ou álcool), pessoas com doença mental associada, com doença ou limitações físicas, mais ou menos estruturadas do ponto de vista psicossocial.

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A estrutura possibilita, ainda, a integração de pessoas com animais de estimação, dado que se percebeu que este fator era determinante para a aceitação da intervenção social por parte de algumas pessoas.

Esta diversidade exige uma intervenção técnica multidisciplinar, especializada e dotada de conhecimento e experiência de modo a dar resposta às mais diversas exigências e necessidades. A equipa é composta por elementos da área das ciências sociais e humanas, da saúde e das artes.

24 horas de apoio para a procura da melhor reposta social

Assim sendo, 24 horas/dia em regime de trabalho por turnos, encontram-se ao serviço um assistente operacional e um enfermeiro, que asseguram a manutenção dos espaços, refeições dos utentes, preparação e administração da medicação e articulação e acompanhamento dos utentes no âmbito da saúde.

À equipa técnica composta pela assistente social e psicóloga compete acompanhar os casos das pessoas integradas e, em conjunto com o seu técnico gestor de caso, apoiar na definição e concretização do projeto de intervenção social dos utentes, com vista a tornar possível a sua autonomização ou integração em estrutura adequada à situação de cada um, seja no arrendamento de casa ou quarto, na integração em alojamento partilhado, no internamento em Comunidade Terapêutica, na integração em Estrutura Residencial para Idosos, ou outra solução adequada.

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À equipa de enfermagem cabe garantir a gestão e administração de medicação e/ou metadona, o acesso aos cuidados de saúde primários, apoiar no autocuidado quando necessário, entre outros.

A equipa de atividades desenvolve uma série de oficinas artísticas e de ocupação de tempos livres com o propósito de trabalhar competências pessoais e sociais fundamentais para a reintegração socioprofissional dos utentes, assim como para a ocupação do seu tempo livre em atividades educativas e prazerosas.