Sociedade

Family Film Project regressa ao Porto

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De 8 a 12 de
dezembro, o Family Film Project regressa à cidade. Na quarta edição deste
festival, o Teatro Carlos Alberto, o Espaço Mira e o Coliseu Porto abrem portas
para acolher 45 filmes de 27 nacionalidades.


"Ouvem-se bombas ao fundo durante uma chamada via
Skype entre a avó (na Letónia) e a neta (na zona de guerra da Ucrânia). Em
Madrid, uma mulher procura o pai que nunca conheceu investigando arquivos
históricos sobre uma tentativa de golpe de estado. Uma mãe lituana leva os seus
12 filhos adotivos a conhecerem as suas mães biológicas. Um jovem presidiário
britânico deixa-se retratar pela objetiva do seu irmão, que tenta conhecê-lo
através do médium do filme. Uma filha retornada à sua terra-natal na Coreia do
Sul documenta a sua mãe. Denise, uma rapariga de 20 anos, visita quase
diariamente o parque de diversões vienense "Prater" para dar umas voltas no
carrossel eletrónico "Tagada" porque isso a ajuda a ultrapassar o seu passado
difícil. Uma mãe solitária e professora de línguas polaca lida com uma relação
distante. Uma jovem transsexual do Cazaquistão partilha com a objetiva
omnipresente o seu mundo mais íntimo. Um imigrante ilegal da Africa Ocidental
filma Berlim e reflete sobre a relação entre ele, o seu estatuto legal e a sua
câmara..."


 


Estas são apenas
algumas das histórias reais que marcam a edição de 2015 do Family Film Project.
Na sua quarta edição, o festival de cinema instala-se no Teatro Carlos Alberto,
centro nevrálgico de uma programação que se estende por outros lugares
culturais da cidade, como o Espaço Mira e o Coliseu Porto.


 


A programação deste
ano reúne um total de 45 filmes de 27 nacionalidades diferentes, selecionados a
partir de quase 2000 candidaturas. Do documentário à ficção, do experimental à
instalação de vídeo, da curta à longa-metragem, os filmes acolhidos formam um
panorama eclético dos acessos possíveis ao espaço familiar através do olhar
cinematográfico.


 


Tal como aconteceu em
2014, a programação será novamente dividida em três zonas temáticas: "Vidas e
Lugares" (com enfoque no registo voyeurístico, biográfico ou documental de
habitats e quotidianos), "Ligações" (centrada nas dinâmicas interpessoais e
comunitárias) e "Memória e Arquivo" (dedicada a olhares criativos a partir de
testemunhos e de found footage).


 


Dia 8,
pelas 17 horas, no Espaço Mira e Teatro Carlos Alberto, inauguram duas
exposições de Luciana Fina no âmbito da programação do festival - "Terceiro Andar" e "Vue Portraits". O certame contará também com uma secção de filmes convidados que, este
ano, será dedicada à realizadora italiana Alina Marazzi. No dia 12, sábado,
pelas 19,30 horas, a realizadora estará presente para apresentar os filmes "Un'ora sola
ti vorrei"
e "Tutto parla di
te".


 


Em
parceria com o Grupo de investigação Estética, Política e Artes do Instituto de
Filosofia da Universidade do Porto, será ainda realizada uma conferência
intitulada "Muros" (dia 9 de dezembro,
pelas 16 horas) onde serão debatidas questões emergentes sobre os "muros" entendidos nas suas múltiplas valências -
físicas, virtuais, afetivas, políticas, entre outras.
A conferência
contará com as presenças de Daniel Blaufuks, João Mendes Ribeiro e Jorge
Ricardo Pinto. No mesmo dia, decorrerá o lançamento do livro "Deslocações da Intimidade" que nasceu da
conferência homónima da edição do festival de 2014.