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"Internamentos Sociais" estiveram em debate no Hospital São João

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O auditório Hernâni Monteiro do Centro Hospitalar Universitário de São João (CHUSJ) foi palco de uma tertúlia dedicada ao futuro dos internamentos de doentes por motivos não clínicos, organizada pelo serviço social daquele centro.

A falta de respostas sociais que acompanhem o envelhecimento da população foi uma das principais preocupações retirada deste encontro que reuniu a direção executiva do Serviço Nacional de Saúde (SNS), a direção clínica do CHUSJ, as câmaras municipais do Porto, Valongo e Maia, o Instituto de Segurança Social, o ACES Grande Porto III-Maia Valongo e a Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares. Desta reflexão nasceu a ideia da necessidade da criação de um Serviço Nacional de Respostas Sociais.

O vereador da Coesão Social participou neste encontro, destacando a necessidade de uma resposta, por parte do SNS, mas também dos sistemas de apoio social no prolongamento dos episódios de internamento hospitalar para além do período clinicamente necessário, designados como internamentos sociais e que têm, também, impactos significativos no estado funcional e emocional no utente e na organização hospitalar.

"É fundamental refletir, conjuntamente, a forma como devemos repensar o sistema de governação social sustentado na solidariedade, na equidade e em respostas de proximidade, que garantam de forma articulada e integrada as necessidades das pessoas", afirmou Fernando Paulo.

Algumas das possíveis soluções apontam para a necessidade de uma mudança de paradigma na organização de cuidados de saúde: a implementação de um plano individual de cuidados para o utente, integração entre os vários níveis de cuidados, cuidados centrados numa visão holística das necessidades das pessoas e com o seu envolvimento como parceiras, cuidados articulados com as respostas sociais e da comunidade.