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Investigadores criam jogo interativo para reduzir gastos energéticos em casa

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Filipa Brito

Investigadores do Porto participaram num projeto internacional que deu origem a um jogo interativo que ajuda os utilizadores a diminuir o consumo de energia nas habitações, através de pequenas mudanças no quotidiano.

Através desta aplicação, cujo desenvolvimento contou com investigadores do Instituto Superior de Engenharia do Porto (ISEP), o utilizador "toma o lugar de um gato, com a missão de tornar a sua casa o mais eficiente possível", mantendo ou melhorando "o nível de conforto das pessoas que a habitam", revelou a Lusa, citando o ISEP.

O EnergyCat utiliza uma plataforma de comunicação que permite a ligação ao consumo real das casas, garantindo um acompanhamento de 24 horas, com todas as reduções de energia ao nível do consumo a serem traduzidas em pontos, que aumentam a exigência do jogo.

"O EnergyCat foi desenvolvido para avaliar o impacto que um jogo pode ter na alteração de comportamentos quotidianos", indicou o investigador Luis Miguel Pinho, responsável pela equipa do CISTER (Centro de Investigação em Sistemas Computacionais Embebidos e de Tempo-Real) do ISEP, envolvida neste projeto.

De acordo com o investigador, o jogo divide-se em dois modos, visando o primeiro melhorar a própria casa, utilizando os pontos ganhos ao longo do jogo para adquirir aparelhos eletrodomésticos mais eficientes e para melhorar o isolamento. O segundo modo, explicou Luis Miguel Pinho, funciona através de missões e de resolução de problemas.

"Obrigar o dono a terminar o banho mais rápido, desligar uma máquina que foi acionada durante o período mais caro e, até, descobrir como as casas vizinhas conseguem ser mais eficientes" são alguns dos exemplos, acrescentou.

O projeto foi testado em cerca de 90 casas no Reino Unido, tendo-se verificado um redução média no consumo energético em mais de 5%.

A aplicação EnergyCat está disponível, gratuitamente, em português, inglês, francês e castelhano.
Liderado pela Universitat Politecnica de Catalanuya (Espanha), o desenvolvimento do jogo contou com a participação total de 30 investigadores e programadores, incluindo elementos do CISTER/ISEP, da Universidade de Plymouth, da DCH Group e da EDF Energy (Reino Unido), da Fremen Corp (França) e da ADVANTIC (Espanha).