Educação

Município quer maior autonomia das escolas para intervir no plano educativo

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Uma "reforma política ainda por fazer" é o que o presidente da Câmara do Porto considera ser a "intervenção mais efetiva dos municípios no sistema de educação". Durante o Fórum da Educação, que teve lugar, durante dois dias, no Super Bock Arena – Pavilhão Rosa Mota, Rui Moreira considerou que as escolas devem ter "maior autonomia na oferta educativa, na definição dos currículos e até na escolha dos professores" para dar resposta à evolução social e económica trazida, em grande parte, pelas novas dinâmicas tecnológicas.

"Os Municípios são importantes na adequação do sistema de educação aos novos desafios do mundo do trabalho", considera o presidente da Câmara.

E acrescenta: "por conhecerem bem as realidades socioeconómicas locais, sabem identificar as necessidades de capital humano de um determinado território. Sabem, no fundo, avaliar que competências tecnocientíficas, pessoais e culturais são mais úteis às crianças e jovens daquele território".

No segundo dia do fórum que juntou especialistas nacionais e internacionais em torno do tema "Educação e o Mundo do Trabalho – Desafios e Oportunidades", Rui Moreira lembrou como "o avassalador desenvolvimento tecnológico a que assistimos está a revolucionar o mundo do trabalho", não podendo a escola "estar de costas voltadas para este avanço".

O presidente da Câmara do Porto reforçou a necessidade de a formação escolar ter de "preparar as novas gerações para as dinâmicas tecnológicas em curso e para os seus efeitos no mundo do trabalho".

"Os currículos de ensino não devem ser uma realidade estática, imutável", defende Rui Moreira, instando a que "acompanhem a evolução da sociedade e sejam, eles próprios, um fator de transformação social e económica".

O autarca não deixou de assumir que "é hoje maior a nossa responsabilidade coletiva perante os alunos", além do "dever de assegurar um sistema de educação com qualidade pedagógico-científica".

"É hoje maior a nossa obrigação de garantir que a escola promove a inclusão social, proporciona autonomia pessoal, desperta talentos e competências e forma cidadãos ativos e solidários", concluiu Rui Moreira.