Sociedade

O Porto está a crescer

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Ao que saberá a primeira luz? O que provocará o primeiro aconchego?

Porque não nos lembramos desses momentos irrepetíveis, inenarráveis do primeiro beijo? O primeiro, mesmo. O beijo da mãe.

Porque não nos lembramos dos primeiros cheiros e sabores?

O que regista a nossa mente nos primeiros instantes? Porque não se quer lembrar do primeiro soluço que nos marca a vida? A primeira vida.

Há mistérios que não se repetem, mas que acontecem, sempre novos, sempre outros, a toda a hora, a todas as horas, e que nem o primeiro olhar desvenda. E é o olhar que nos distingue.

A Leonor Alexandra tem horas. Horas imensas, do tamanho da sua vida, de luz e aconchegos. E tem um olhar que a distingue desde as 11 horas desta manhã. Sentiu e sentimo-la no Hospital de São João, no Porto. É de Campanhã, onde a Carina Pinto e o Bruno Mesquita lhe vão mostrar nova luz, novos cheiros e sabores e outros beijos e desafios.

Já tem irmãos e uma família. É portuense. É do Porto. É filha do Porto. É de Campanhã.

Este ano, até final de julho, já nasceram 8.847 como ela - ou não como ela - no Distrito do Porto. Mais 450 do que em 2014.

Sempre que nasce uma Leonor, uma Alexandra ou uma Leonor Alexandra, a cidade enche-se de luz. A misteriosa luz que não sabemos recordar.

Dois destes milagres por hora no Porto, num hospital como o nosso São João, ou noutro sítio qualquer. São milagres. E são cada vez mais.

No Dia Mundial da Fotografia, estas são as imagens do Porto que lhe queremos mostrar. Um Porto novo, que se distingue pelo olhar, pelo carácter e que - agora sim - está a crescer. Está invertida uma tendência de muitos anos, com menos milagres por hora. Os números são do Instituto Ricardo Jorge e dizem-nos, sem a subtileza do olhar da Leonor, que há razões para a esperança.