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Pacto do Porto para o Clima promove maior eficiência energética da Invicta

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Assinala-se a 5 de março o Dia Mundial da Eficiência Energética, área na qual o Pacto do Porto para o Clima procura ter uma influência essencial. Da parte do Município do Porto, a aposta vem sendo feita no recurso, cada vez mais intensivo, a tecnologia LED e painéis fotovoltaicos, assim como no reforço da mobilidade elétrica e energias renováveis.

A iniciativa da Câmara do Porto, apresentada publicamente em setembro de 2022, quer transformar a cidade e criar um modelo de sociedade onde a neutralidade carbónica é uma realidade. E isto já em 2030. “O Pacto do Porto para o Clima é essencial para garantir qualidade de vida na cidade, mas especialmente para assegurar um futuro sustentável para os nossos filhos e gerações vindouras”, sustenta Filipe Araújo, vice-presidente da autarquia.

O Município acredita que, para atingir um Porto neutro em carbono, é fundamental alcançar patamares cada vez mais elevados de eficiência energética. Tem, por isso, investido em práticas e infraestruturas energeticamente mais sustentáveis, de que é exemplo a transição de toda a iluminação pública da cidade para tecnologia LED. Até julho deste ano, o Porto contará com 30 mil luminárias LED, permitindo a redução do consumo de energia na via pública para menos de metade, o que significa uma diminuição na emissão de gases e uma poupança de custos anual superior a um milhão de euros.

A cidade tem também promovido a mobilidade elétrica, com o aumento de veículos elétricos no universo municipal, abrangendo 75% de toda a frota. Já em 2023, o Porto passará a dispor de 267 carregadores de veículos elétricos na rede municipal, garantido uma resposta eficaz ao aumento deste tipo de mobilidade. Paralelamente, importa salientar que, desde 2021, toda a energia elétrica consumida pelo Município do Porto foi, comprovadamente, produzida a partir de fontes renováveis. Uma realidade também nas empresas municipais Águas e Energia do Porto, Ágora, Porto Ambiente e GO Porto.

Porto, produtor de energia verde

Em curso está também uma mudança de paradigma no território do Porto. “Fruto de várias iniciativas, muitas delas iniciadas no âmbito do Pacto do Porto para o Clima, a cidade está a afirmar-se como produtor de energia limpa de base solar, garantindo também a sua independência energética”, lembra Filipe Araújo, também responsável pelos pelouros da Inovação, Ambiente e Transição Climática. Existem já escolas públicas com painéis fotovoltaicos instalados, um número que continua a crescer, mas a ambição é utilizar os telhados de mais de 50 bairros sociais para produzir 6 MW de energia renovável, servindo diretamente quase 30 mil pessoas.

Esta alteração verifica-se já em várias instalações municipais, como o parque fotovoltaico de Nova Sintra. Com uma produção anual de cerca de 500 MWh e uma potência instalada que ronda os 454 kWp, esta unidade assegura a autossustentabilidade do campus da Águas e Energia do Porto, cuja rede de carregadores elétricos é, igualmente, alimentada pelos painéis fotovoltaicos. Entretanto, já foi adjudicada, e vai iniciar-se nos próximos dias, a instalação de um parque fotovoltaico na ETAR do Freixo, reduzindo, assim, os custos e aumentando a sustentabilidade da operação. Também o Parque da Cidade será alvo de um reforço no que respeita à produção de energia a partir da exposição solar.

Para ajudar todos os cidadãos do Porto a melhorar o conforto térmico em casa, foi criado o Porto Energy Hub. Com efeito, metade da população ainda afirma que o frio e o calor excessivos no interior das suas habitações são um problema, para o qual contribuem o fraco desempenho energético dos edifícios e os elevados custos da energia. O projeto de aconselhamento tem como objetivo, através de um balcão físico, no Gabinete do Munícipe, e também em formato digital, dotar as famílias da informação necessária para reduzir custos, através da implementação de medidas de eficiência energética e produção descentralizada de energia renovável.

Sobre o Pacto do Porto para o Clima

O Pacto do Porto para o Clima conta com o Alto Patrocínio da Presidência da República. É uma iniciativa da Câmara do Porto que pretende unir os esforços dos diversos atores da cidade em torno de um grande objetivo comum: alcançar a neutralidade carbónica até 2030. A iniciativa tem mobilizado atores de diversos quadrantes e congrega já mais de 200 subscritores de áreas tão diversas como a Academia, setor das Telecomunicações, Construção, Indústria, ONGs, Terceiro Setor, Desporto, Justiça, Educação, Ciência, Saúde, Cultura, abrangendo instituições e organizações empresariais da cidade do Porto e da região.