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Por um envelhecimento mais ativo, idosos assumem decisões de uma política do dia a dia

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Uma farmácia mais próxima, transporte para chegar confortavelmente à Baixa da cidade, a melhoria das acessibilidades no bairro. Assumindo que a política está, também, nos detalhes, o plano de ação Porto, Cidade Amiga das Pessoas Idosas está a dar voz a esta camada da população de forma a conhecer as suas necessidades para, desta forma, poder tomar decisões e criar medidas que lhes deem a solução mais adequada.

"É fundamental promover a participação das pessoas de todas as idades e em todas as fases da vida para garantir uma cidade solidária e a cooperação para uma vida mais plena e harmoniosa", sublinhou o vereador da Coesão Social, na abertura do primeiro Fórum Participativo sobre Envelhecimento Ativo e Saudável na Cidade do Porto.

O objetivo da iniciativa, refere Fernando Paulo, é ser "um espaço de encontro, reflexão, debate e colaboração para o bem comum". Para Rosa Almeida, ali chegada através da Associação de Moradores de Massarelos, "as pessoas têm que dizer o que pensam, o que sentem, o que faz falta. Só assim é que a autarquia vai conseguir fazer um trabalho, de acordo com os desejos dos moradores". E é corroborada por Conceição Sousa, para quem "logo que se faça o que propusemos aqui, fica tudo bem".

Ao longo de várias sessões, as pessoas com mais de 65 anos serão convidadas a partilhar ideias e discutir problemas locais, mas também nacionais e mais globais. Procura-se, desta forma, a construção de comunidades e o empoderamento individual.

A cidade do Porto e o Município têm dado o exemplo, mas não queremos estar isolados, Queremos trabalhar com outros municípios, partilhar experiências”.

Lembrando que, no dia-a-dia, "há situações que são relativamente fáceis de resolver, só precisam de ser identificadas", o vereador da Coesão Social afirma que o Município pretende, com este fórum, "criar a consciência de que as pessoas não perdem a sua cidadania com a idade e podem ser uma parte ativa muito importante na resolução dos problemas que existem na cidade, no local onde elas residem".

Fernando Paulo sublinha a necessidade "fundamental de contribuirmos para um bem-estar físico, psicológico, mas também comunitário e social", mas que, no país, "ainda há um longo caminho a percorrer” no que a políticas de envelhecimento ativo diz respeito, instando a uma maior mobilização do Governo e de todos os municípios para um trabalho em rede.

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Recordando como "a cidade do Porto e o Município têm dado o exemplo", o vereador garante que "não queremos estar isolados, mas trabalhar com outros municípios, partilhar experiências".

"Temos que transformar as cidades, o espaço do dia-a-dia das pessoas, criar serviços que vão de encontro às suas necessidades e, sobretudo, criar as condições para o exercício pleno da cidadania das pessoas seniores", seja através de novas medidas, seja na adaptação dos serviços mais tradicionais, reforça Fernando Paulo.

Para o responsável pela Coesão Social, "é uma questão de dignidade e de cumprimento de direitos humanos, mas sobretudo de sociedades evoluídas, que proporcionam o bem-estar a todas as pessoas, em todas as fases da vida".

O Fórum Participativo emerge como um instrumento de democratização do processo de decisão, pretendendo ser um agente catalisador de mudanças positivas ao contribuir para a construção de uma cidade mais inclusiva e adaptada às necessidades das pessoas idosas.