Sociedade

Porto 'case study' nas smart cities

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O projeto
"Future Cities", implementado no Porto desde 2013, equipou a cidade com mais de
800 dispositivos com sensores e transformou-a "num laboratório vivo" para as
cidades do futuro.


"O projeto
colocou o Porto no mapa das cidades inteligentes a nível europeu e mundial",
destacou João Barros, investigador da Faculdade de Engenharia da Universidade
do Porto (FEUP), de acordo com quem o investimento de 2,3 milhões de euros
dotou a cidade de uma "inovadora infraestrutura de captação de dados" com base
em "mais de 800 dispositivos com sensores", referiu, em declarações à
Lusa.


Financiado
pela Comissão Europeia e pelo QREN - Quadro Referência Estratégica Nacional e
desenvolvido em parceria com a Câmara do Porto ao longo dos últimos três anos,
o projeto permite a realização de "um grande número de estudos" e "a melhoria
da qualidade de vida" na cidade, acrescentou o professor.

"Este
projeto de três anos colocou o Porto no mapa das «smart cities» a nível europeu
e mundial. Neste momento, o Porto está bem posicionado para ser um local de
eleição para várias empresas fazerem teste a novas tecnologias", descreveu João
Barros, a propósito da apresentação de resultados do projeto, agendada para
sexta-feira no Mosteiro São Bento da Vitória.


De acordo
com o investigador, o projeto abrangeu a monitorização e caracterização "do
'stress' dos polícias municipais e dos condutores de autocarros", para além de
ter medido o ritmo cardíaco de "180 utilizadores da aplicação SenseMyCity,
desenvolvida para os smartphones".


A Sociedade
de Transportes Coletivos do Porto (STCP) é uma das empresas parceiras do
projeto, através do qual disponibilizou acesso «wi-fi» a "mais de 260 mil
utilizadores" de cerca de 400 autocarros.


Em curso
está a "fase piloto do projeto de recolha inteligente de lixo". "Os
contentores vão ter instalados sensores que permitem a comunicação com os
camiões do lixo, que, devido a algoritmos de cálculo de rotas, passam a poupar
tempo e combustível se se dirigirem apenas aos contentores que estão mesmo
cheios", descreve o docente.


A cidade
está ainda dotada de "sensores ambientais que interagem e enviam informações
sobre poluição ou ruído", por exemplo. "São
tecnologias de informação e comunicação avançadas com resolução dos problemas
reais dos municípios ou das empresas", acrescentou, destacando a colaboração da
Câmara do Porto.


Na
Universidade do Porto continuará a funcionar o Centro de Competências para as
Cidades do Futuro como.