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Porto leva exemplos de transição energética à cimeira mundial do clima

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A comunidade internacional reuniu-se no Dubai para a COP28, promovendo o debate em torno de novas respostas às alterações climáticas. O vice-presidente da Câmara do Porto participou num painel paralelo à conferência das Nações Unidas para o Clima, onde, ao lado de líderes de outras cidades e de empresas, falou do exemplo do Porto como centro de desenvolvimento para fazer avançar a transição energética.

Filipe Araújo foi um dos convidados da iniciativa “Dias da Energia”, da União Europeia, sobre “Localising Energy: cidades e empresas juntas pela transição energética local” e reafirmou a importância das cidades na intervenção face aos desafios do clima.

“As cidades são, na realidade, onde as pessoas vivem, onde a maior parte dos problemas estão, são onde precisamos de mudar o paradigma”, considera o vice-presidente da Câmara. Igualmente responsável pelo Ambiente e Transição Climática, Filipe Araújo acredita que “o que temos de fazer no futuro está relacionado com o que as cidades podem fazer”.

Por isso, o vice-presidente defendeu, a nível europeu, o “fortalecimento da ligação entre a Comissão Europeia e as cidades” para que haja “a possibilidade de financiar projetos específicos”, nomeadamente em matéria de energia, que, considera, deve ser “produzida nas nossas cidades”.

Dando o exemplo do que vem sendo feito no Porto, Filipe Araújo sublinhou que “o esforço tem que ser de toda a gente. O compromisso coletivo é muito importante e as próprias empresas veem as metas que determinámos como algo a que também pertencem”.

O vereador do Ambiente e da Transição Climática referia o lançamento do Pacto do Porto para o Clima como exemplo de trabalho conjunto entre os setores público e privado, “um convite a toda a gente para que se envolva, assuma o compromisso para com o futuro, para com os objetivos estabelecidos pela cidade”, que são a neutralidade carbónica até 2030.

Ao lado de líderes como o presidente da Câmara de Comércio e Indústria de Munique e Alta Baviera, Klaus Josef Lutz, ou a diretora geral da WindEurope, Malgosia Bartosik, Filipe Araújo falou, ainda, do Porto Energy Hub, “onde damos apoio técnico às pessoas e às empresas, as ajudamos a procurar os financiamentos adequados, aconselhamos em termos de eficiência energética”.

“Mas fomos mais além”, acrescentou o vice-presidente, partilhando a medida do Município do Porto que apoia a instalação de painéis fotovoltaicos em edifícios privados através da redução do IMI, “de forma a acelerar esta transição”.

Além da aposta na inovação e nas ideias vindas das parcerias público-privadas para promover a economia circular, Filipe Araújo considera “crucial” a partilha de dados. “Se queremos mudar a forma como produzimos energia, se queremos impulsionar comunidades energéticas, se queremos ter os setores público e privado a participar, os dados são essenciais”, sublinha, dando o exemplo da plataforma desenvolvida pela Porto Digital.