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Prioridades para a transição digital e ecológica na Europa foram definidas no Porto

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O evento da rede Intelligent Cities Challenge (ICC), que reuniu, nos dias 18 e 19 de junho, no Palácio da Bolsa, líderes europeus em representação de cidades e empresas, resultou num conjunto de reflexões e recomendações para acelerar a dupla transição. As conclusões serão, agora, remetidas para a Comissão Europeia e para o Comité das Regiões.

O vice-presidente da Câmara do Porto, Filipe Araújo, que marcou presença nos dois dias do evento, fez questão de assinalar a importância da transição digital e verde, tal como as suas implicações sociais e económicas.

“A inovação tem sido crucial na transformação da cidade, complementada por um compromisso com a sustentabilidade do território que visa salvaguardar a qualidade de vida na cidade e não deixar ninguém para trás, garantindo a justiça social nesta importante e imperativa evolução”, referiu.

Ao longo de dois dias de trabalho, os cerca de 250 representantes municipais e empresariais comprometeram-se a ajudar a acelerar o processo de dupla transição (digital e ecológica) e deixaram algumas prioridades prementes: regenerar as economias locais, mobilizar os recursos e talentos locais para um crescimento económico sustentável, capitalizar a capacidade das cidades para criarem mercados líderes para a indústria europeia de tecnologias limpas, biotecnológicas e digitais, garantir que a transição ecológica e digital funcione em paralelo e aproveitar os recursos, conhecimentos e redes locais para melhor responder às necessidades das comunidades.

O ICC pretende que as conclusões das reuniões ocorridas nestes dois dias sejam enviadas, através de uma carta, a um conjunto de líderes da União Europeia. O documento elenca as seguintes ações prioritárias:

- Potenciar a dimensão territorial do Mercado Único e da estratégia industrial da União Europeia, de modo a regenerar a capacidade de fabrico e criar mercados vanguardistas;

- Ampliar e reforçar as parcerias público-privadas entre cidades/regiões e empresas, tais como os Pactos Ecológicos Locais, para impulsionar a descarbonização e regenerar a competitividade local;

- Apoiar a reindustrialização e a revitalização das zonas industriais nas cidades através da criação de ações emblemáticas da indústria urbana, de territórios sem emissão carbónica e parcerias locais de requalificação profissional;

- Alavancar a capacidade das cidades para identificar as principais necessidades de investimento com vista a um modelo económico livre de emissões carbónicas; agregar a procura e fazer corresponder sistematicamente a procura e a oferta para solidificar os argumentos económicos a favor das soluções tecnológicas europeias;

- Melhorar a cooperação a todos os níveis de governação (europeu, nacional e local);

- Intensificar os esforços para simplificar e racionalizar o financiamento e a regulamentação existentes;

- Repensar as regras dos contratos públicos para as adequar a uma transição ecológica e socialmente responsável.