Projeto do Matadouro de Campanhã foi mostrado aos vereadores antes de ser apresentado em Milão

Antes de ser
internacionalmente apresentado na 21.ª Trienal de Artes, Design e Arquitetura
de Milão, em Itália, na próxima quinta-feira, o projeto do Matadouro de Campanhã,
que a Câmara do Porto irá brevemente concretizar e que promete criar um pólo de
atração económico e cultural transformador na cidade, foi ontem mostrado, genericamente, aos vereadores da Câmara do Porto.

A
apresentação internacional decorrerá na Biblioteca del Progetto, à qual se
associa também o lançamento da publicação Porto Before Porto, que explica o
projeto de arquitetura, as principais linhas de programação do Matadouro,
reunindo ainda dois ensaios sobre a cidade, comissariados ao escritor Valter Hugo
Mãe e ao curador João Laia. Esta publicação acompanha a revista PLI Arte e
Design, editada pela ESAD - Escola Superior de Artes e Design.

O projeto
Matadouro, que tem vindo a ser trabalhado há mais de um ano por uma equipa
multidisciplinar da autarquia liderada por Rui Moreira, será apresentado neste
importante certame internacional, graças a uma parceria com a ESAD e, segundo
foi ontem comunicado aos vereadores, custará perto de dez milhões de euros,
incluindo áreas para a instalação de empresas na área da inovação e
criatividade, espaços dedicados à atividade cultural, um museu da indústria,
tendo ainda uma forte componente de coesão social.

Os
pormenores programáticos do edifício situado em Campanhã apenas serão
conhecidos depois de amanhã, mas a Câmara espera que o programa venha a ter um
impacto muito significativo nos equilíbrios da cidade e na deslocação de muitas
atenções para a freguesia mais oriental do Porto.

O Pavilhão
de Portugal na Trienal de Milão, que foi inaugurada a 2 de abril e se prolonga
até 12 de setembro, tem este ano uma área de 225 m2, situa-se no Museu Nacional
da Ciência e Tecnologia Leonardo da Vinci.