“Um Objeto e seus Discursos” é dedicado ao vestígio humano mais antigo da cidade

Protagonista da próxima sessão do ciclo que integra a programação do Museu e Bibliotecas do Porto será um fragmento de cerâmica, datado do terceiro milénio antes de Cristo.

Aquele que é, provavelmente, o vestígio de ocupação humana mais antigo da cidade do Porto, encontrado durante a escavação arqueológica do sítio do Lagarteiro, num terraço fluvial do Rio Tinto, assumirá o protagonismo no encontro deste sábado, 22 abril, do ciclo “Um Objeto e seus Discursos”. A sessão decorre no Reservatório, às 18h00, e contará com intervenções de Susana Soares Lopes e de Sérgio Gomes.

Susana Soares Lopes é professora catedrática aposentada da Faculdade de Letras da Universidade do Porto, especialista em Pré-História Recente da Península Ibérica (do Neolítico à Idade do Bronze), que desenvolveu as suas investigações sobretudo no Norte de Portugal. Sérgio Gomes é arqueólogo da Câmara do Porto. Licenciado em Arqueologia pela Faculdade de Letras da Universidade do Porto, Mestre e Doutor em Arqueologia pela mesma faculdade.

O fragmento de cerâmica em questão distingue-se pela decoração rica, feita por incisão e organizada em padrões geométricos. Esta cerâmica é, geralmente, designada como tipo Penha, dado ter sido inicialmente identificada na estação arqueológica do monte da Penha, em Guimarães. Testemunho de uma ocupação humana, agrícola e comunitária antiga no território do Porto, este vestígio, de pequena escala, é revelador da elevada significação simbólica dos fragmentos para as comunidades que as utilizaram.

Em depósito no Reservatório, este fragmento de cerâmica será objeto de uma próxima exposição naquele espaço da rede do Museu do Porto.

A participação nos encontros do ciclo “Um Objeto e seus Discursos” é gratuita, limitada à lotação do espaço e mediante inscrição prévia através de preenchimento de formulário.

Mais informações através do email objeto.discursos@cm-porto.pt ou 223 393 480.