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37 obras de reabilitação em curso entre o Cais da Ribeira e o Mercado do Bolhão

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http://www.porto.pt/noticias/reabilitacao-urbana-no-porto-disparou-em-tres-anos
A reabilitação urbana no Porto disparou nos últimos três anos. A cidade está autenticamente em reconstrução, depois de ter chegado, no início da década, a uma situação de quase ruína do seu Centro Histórico. No último ano, a Porto Vivo recebeu mais de 1.300 requerimentos e foram contabilizados 308 novos processos de reabilitação urbana, mais 153 do que no ano anterior. O Porto.pt fez uma viagem de um quilómetro entre a Ribeira e o Bolhão e encontrou 37 prédios em reabilitação profunda.
Estes números mostram uma cidade em reabilitação, que se espelha nas ruas e que se destina 60% à habitação e 23% a comércio, segundo os alvarás emitidos desde 2008. O turismo significa também uma fatia importante, ainda assim minoritária, acreditando-se que não fosse o turismo e o trabalho impulsionador da Porto Vivo, e tudo o resto não existiria.
Relativamente ao estado de conservação dos edifícios do Centro Histórico Património Mundial da Humanidade, um relatório da Sociedade de Reabilitação Urbana, mostra que o número de parcelas em bom estado de conservação tem vindo a aumentar e, em 2016, 74% das parcelas existentes já se encontravam em Bom ou Médio estado de conservação. A percentagem de prédios em mau ou péssimo estado de conservação tem diminuído e verificam-se mais obras em curso em muitos deles.
EM 2013 O JN TRAÇAVA UM CENÁRIO DANTESCO DE PERDA DE LOJAS E HABITAÇÃO ACELERADA NO CENTRO HISTÓRICO
Desde 2013, o número de prédios em mau estado caiu para 13%, em 2016, mas este número deverá cair ainda mais abruptamente nos próximos dois anos, face à reabilitação em curso ou a ser preparada. Quanto à habitação, direta ou de forma induzida, foram criadas quase 500 frações no Centro Histórico, que representam mais de mil potenciais moradores, e mais de 130 lojas.
Estes números, agora divulgados pela Porto Vivo, contrastam com os apresentados em 2013 pelo Jornal de Notícias que, então, citando também um relatório da mesma entidade, definia em manchete que "1/3 do coração do Porto está em ruínas". O mesmo jornal, datado de 1 de junho de 2013, divulgava ainda que o Centro Histórico tinha menos 214 lojas e que 70% dos prédios existentes estariam em mau estado e a precisar de obras.
O JN citou ainda, no mesmo artigo, estatísticas sobre a perda de população, afirmando que o Centro Histórico do Porto tinha perdido, até 2011 (ano de Census), 60% da sua população. Estes números, citados então pelo JN e atestadas pelas imagens que agora publicamos, demonstram que a perda de habitantes da Baixa do Porto nada tem a ver com o "boom" turístico que entretanto se deu.