Urbanismo

Avança o projeto de reabilitação total do Quarteirão de D. João I

  • Notícia

    Notícia

#mno_urbanismo_02.jpg

Bairro São João de Deus renasce e é modelo

Miguel Nogueira

O maior ponto de degradação urbana
da Baixa do Porto tem os dias contados. Avança o processo para reabilitação do Quarteirão
de D. João I, onde vai nascer um projeto que privilegia a habitação, com a
criação de cerca de 100 fogos. Engloba parque de estacionamento, entre outras
valências, e atribuirá à cidade uma nova praça interior.


Em causa está uma área com 28.500
metros quadrados, o vulgo "quarteirão da Casa Forte" situado próximo do Mercado
do Bolhão, delimitado pelas ruas de Sá da Bandeira, Formosa e Bonjardim e Travessa
do Bonjardim. Batizado, entretanto, de "Bonjardim City Block", o projeto imobiliário
- cujo valor base foi fixado em 27 milhões de euros - está a ser disputado por
cinco investidores, três estrangeiros e dois nacionais. A notícia é avançada
pelo Expresso, a propósito do encerramento da fase de receção de candidaturas.
Como avança o jornal, "prevê-se agora um período de alguns meses para a escolha
do candidato final".


O projeto é fruto de uma parceria
público-privada entre a Porto Vivo - Sociedade de Reabilitação Urbana (SRU) e a
sociedade gestora do Millenium BCP, com sede neste quarteirão. Pela sua
centralidade e sobretudo por pôr cobro a um cenário de abandono com mais de dez
anos, o empreendimento, um dos maiores da Baixa do Porto, tem contado com o
apoio da autarquia local. O processo de reabilitação implicou já trabalhos de
demolição, como o Porto. noticiou.


Além da significativa vocação
residencial (cerca de 13 mil metros quadrados), o "Bonjardim City Block" inclui
áreas comerciais, com lojas nos pisos térreos, uma unidade hoteleira e parque
de estacionamento subterrâneo para 560 viaturas. Integra 23 edifícios, sendo
que o conjunto manterá as fachadas da Rua de Sá da Bandeira.


Lê-se ainda no Expresso que a praça
central do empreendimento, um espaço público, será "maior do que a própria Praça D. João I", interligando o
conjunto edificado e possibilitando "a mobilidade entre as artérias que
circunscrevem a área de intervenção".