Cultura

Batalha apresenta a mais completa retrospetiva dedicada a David Cronenberg

  • Porto.

  • Notícia

    Notícia

DR_Retrospetiva_Cronenberg_Batalha_01.JPG

DR

A partir desta sexta-feira, 8 de setembro, até 15 de dezembro, o Batalha Centro de Cinema apresenta “Às Voltas com Cronenberg”, a mais completa retrospetiva em Portugal dedicada à obra do cineasta canadiano.

O programa inclui todas as suas longas-metragens, curtas inéditas, assim como filmes de outros autores que marcaram o realizador e obras abertamente influenciadas pelo seu cinema — de Nicolas Roeg, Julia Ducournau, Jeremy Shaw, Isadora Pedro Neves Marques, entre outros.

Cronenberg construiu um percurso entre o terror e a ficção científica para dar corpo às inquietações sobre as idiossincrasias e contradições humanas da sociedade moderna. Ao longo de cinco décadas, trabalhou muitas vezes fora do circuito comercial e dos pressupostos de Hollywood. A sua filmografia, edificada entre uma lente mais visceral ou metafórica, coroou-o mestre do body horror.

Neste ciclo, que abre esta sexta-feira, às 21h15, com “Stereo” (1969), a primeira longa-metragem de Cronenberg, numa sessão que inclui também a curta “Introduction to The Memory Personality” (2012), de Jeremy Shaw, serão apresentadas obras como “Crimes of the Future” (1970 e 2022), “Scanners” (1981), “Crash” (1996), “eXistenZ” (1999), “Eastern Promises” (2007), “A Dangerous Method” (2011) e “Maps to the Stars” (2014).

O programa inclui ainda duas sessões especiais: o 50.º aniversário do clássico do terror britânico, “Don’t Look Now” (1973), de Nicolas Roeg — segundo Cronenberg, o filme mais assustador que viu —, será assinalado com exibições nos dias 24 de setembro e 25 de outubro. No Halloween, a 31 de outubro, será apresentado “Raw” (2016), de Julia Ducournau, admiradora confessa de Cronenberg.

No programa Famílias, é exibida, no sábado, 23 de setembro, às 15h15, “A Lenda da Serpente Branca” (1985), de Taiji Yabushita, a primeira longa de animação a cores do Japão que influenciou o cinema de animação do país, desde o animé às obras do Estúdio Gibhli de Miyazaki. À semelhança de “The Fly”, de Cronenbnerg, “A Lenda da Serpente Branca” representa a metamorfose do homem no animal.

Toda a informação sobre o ciclo dedicado a Cronenberg pode ser acompanhada aqui.