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Câmara apresenta Pacto do Porto para o Clima como parte da resposta aos desafios da construção

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Pensar “Os desafios da construção 4.0: da descarbonização à transição digital” foi o repto lançado pela Associação dos Industriais da Construção Civil e Obras Públicas (AICCOPN) a vários especialistas e responsáveis do setor. Entre os oradores convidados para a conferência esteve o vice-presidente da Câmara do Porto, Filipe Araújo, que levou ao debate o exemplo do Pacto do Porto para o Clima enquanto promotor da descarbonização e da circularidade também no setor da construção.

A abertura da conferência foi assumida pelo ministro do Ambiente e da Ação Climática, que reforçou como a neutralidade carbónica “é objetivo estratégico do país”. “A transição energética é uma oportunidade nacional para atrair investimento para o país e promover o crescimento económico”, acrescenta Duarte Cordeiro.

O painel onde participou o vice-presidente da Câmara do Porto, e também vereador das áreas de Ambiente e Transição Climática e Inovação e Transição Digital, contou, ainda, com a partilha de experiências da professora na Universidade de Oxford, Patrícia Canelas, do professor da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, Vasco Freitas, do presidente da Fundação Mestres Cascais, José Gomes Mendes e do diretora da Casa da Arquitectura, Nuno Sampaio.

Um segundo painel, sobre transição digital, contou com os testemunhos de Rui Gavina, diretor tecnológico da VN2R–Engineering Inovation Consulting, Diogo Ribeiro, professor no Instituto Superior de Engenharia do Porto, e Miguel Garcia, diretor da Garcia, Garcia, S.A.

Nas palavras da AICCOPN, a economia circular no setor da construção “apresenta-se como uma prioridade nacional e europeia para promover e assegurar uma redução do consumo energético dos edifícios, para a descarbonização da construção, favorecendo uma transição tecnológica e digital dos procedimentos e ferramentas de trabalho”.

Perante os atuais desafios e constrangimentos do setor, a associação sublinha que “urge direcionar as atenções para a necessária transição digital e tecnológica, trabalho que tem de ser incentivado e apoiado pelas instâncias competentes de modo a abranger as pequenas e médias empresas da construção e do imobiliário”.

Recorde-se que a própria Associação dos Industriais da Construção Civil e Obras Públicas é subscritora do Pacto do Porto para o Clima. Nas palavras do presidente da AICCOPN, “a construção e desenvolvimento de um mundo mais verde e mais sustentável deve estar no foco de qualquer organização, na medida em que é primordial assegurar a continuidade do nosso futuro, enquanto sociedade e enquanto mundo empresarial”.

“O nosso comprometimento encontra-se refletido no exercício das nossas ações, na sensibilização das empresas associadas e no envolvimento e partilha de sinergias com entidades públicas e particulares com responsabilidades nesta temática”, assume Manuel Reis Campos.

Durante a conferência, que contou com a participação do presidente da Área Metropolitana do Porto, Eduardo Vítor Rodrigues, foram, ainda, entregues os diplomas que distinguem as empresas qualificadas com a marca R.U.-I.S. - Reabilitação Urbana Inteligente e Sustentável "pela sua solidez, implementação de ações inovadoras, respeito pelas exigências climáticas e ambientais e pela melhoria das competências dos recursos humanos".