Sociedade

Câmara do Porto trabalha na promoção da saúde mental dos seus trabalhadores e munícipes

  • Paulo Alexandre Neves

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Depois de dois anos de interregno, por causa da pandemia, está de regresso o Fórum de Saúde Mental no Local de Trabalho. Hoje e amanhã, sexta-feira, especialistas nacionais e internacionais estão debater, na Biblioteca Municipal Almeida Garrett, a relevância da saúde mental e o peso, cada vez maior, que esta temática assume nas organizações e sociedade, em geral. O exemplo das políticas e ações protagonizadas pela Câmara do Porto esteve em foco na comunicação que a vereadora da Saúde e Qualidade de Vida fez hoje, num dos painéis do evento.

Catarina Araújo participou no segundo painel do primeiro dia, sob o tema “Não há soluções para todos”, focando a sua análise no “papel das entidades públicas” e, em concreto, “no exemplo da Câmara Municipal do Porto”. Neste âmbito destacou, desde logo, as diversas intervenções dirigidas aos trabalhadores da autarquia, desde 2018, em matéria de Saúde Mental.

“[A Saúde Mental] Contribui para a motivação, compromisso e, indiretamente, para o aumento da produtividade, redução do absentismo e retenção do talento”, sublinhou a vereadora da Saúde e Qualidade de Vida, revelando que a autarquia investe, internamente, “numa estratégia de gestão de pessoas mais próxima, mais humana e baseada numa relação de confiança”. “Reconhecemos que a proximidade com as pessoas é um fator diferenciador e competitivo, na justa medida em que o sentimento de pertença contribui, de forma natural, para equipas coesas e comprometidas com o sucesso da organização”, acrescentou.

As intervenções dirigidas aos trabalhadores da câmara passam, por exemplo, pela disponibilização de um “kit de primeiros socorros em saúde mental”, para além de ações e workshops dirigidas a grupos profissionais específicos, bem como pela disponibilização de consultas de psicologia e da Linha Trabalhador +. “Grande parte destas medidas estão em curso desde 2018, o que demonstra que a promoção da saúde mental dos trabalhadores já era uma aposta do Município ainda antes da pandemia e continua a constituir uma área prioritária de intervenção”, frisou Catarina Araújo.

Programas para toda a comunidade

Além das ações dirigidas aos trabalhadores da autarquia, a vereadora da Saúde a Qualidade de Vida deu exemplos também de intervenções que o Município do Porto desenvolve junto das pessoas, na qualidade de munícipes, bem como às que trabalham em instituições da cidade.

Abordagens distintas, promovidas com parceiros ou desenvolvidas diretamente, e em diferentes locais – idealmente aqueles onde as pessoas despendem o seu tempo no dia-a-dia, seja o local de trabalho, a escola, o centro de dia, ou até mesmo os locais de lazer e ocupação de tempos livres, onde se podem incluir vários dos recursos e equipamentos municipais. Com esta diversidade de iniciativas, no seu conjunto e de uma forma integrada, “pretende-se contribuir para potenciar a saúde – e a saúde mental de toda a comunidade”, garantiu.

Catarina Araújo deu como exemplos da interação com a comunidade e os munícipes o Projeto Municipal de Promoção de Literacia em Saúde, que surgiu em 2017 para operacionalizar, ao nível local, o Programa Nacional de Educação para a Saúde, Literacia e Autocuidado, as oficinas de saúde para profissionais do terceiro setor, promoção de saúde mental em contexto escolar (através dos programas “Quanto mais Cedo Melhor” e “Levar a Saúde Mental onde ela não chega – Kids”) e “Apoiar para Cuidar”, programa de apoio a cuidadores informais.

Para além de Catarina Araújo participaram no painel sob o tema “Não há soluções para todos”, moderado por Luís Vale, diretor da Associação Nacional de Jovens Empresários, Jo Loughran, ex-diretora do programa inglês “Time to Change”, e Maria Antónia Torres, da PwC Partner.

Durante dois dias, vão ser debatidos vários aspetos ligados à saúde mental. Organizado pela ENCONTRAR+SE – Associação para a Promoção da Saúde Mental, o evento conta com o apoio do Município do Porto.