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Católica debate “capitalismo de rosto humano” das empresas familiares

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O presidente da Câmara do Porto abriu, esta quinta-feira, a conferência “Património, Sucessão e Autonomia – Novos bens e tendências”, inserida no 5.º Congresso Internacional da Associação de Direito de Família e das Sucessões. Na Universidade Católica Portuguesa, Rui Moreira enalteceu o papel preponderante das empresas familiares na economia da região.

Para o autarca, as empresas familiares “distinguem-se por terem uma maior proximidade às comunidades locais, por assumirem a função social da propriedade privada e por promoverem a solidariedade intergeracional”. São, por isso, protagonistas do conceito de “capital de rosto humano”.

Lembrando como estas empresas representam mais de 80% do tecido empresarial português e cerca de 60% do emprego no setor privado, Rui Moreira sublinhou a sua importância no Norte, onde são “a base da economia e a sua principal fonte de riqueza, emprego, inovação e coesão social”.

“Por norma”, afirma o presidente da Câmara do Porto, “as empresas familiares dissolvem-se em três gerações”. Por isso, torna-se “necessário encontrar novas formas de abordar os desafios das empresas familiares, através da reflexão e do debate em torno das questões do património, sucessão e autonomia”.

“O Direito é fundamental para que se superem os desafios das empresas familiares e se preserve tudo o que de bom estas representam para a competitividade, produtividade, internacionalização e crescimento da nossa economia”, considera Rui Moreira.

O presidente da Câmara do Porto aproveitou, também, para saudar a realização da conferência “Património, Sucessão e Autonomia – Novos bens e tendências”, que une a Faculdade de Direito da Universidade Católica Portuguesa e a instituição brasileira Associação de Direito de Família e das Sucessões.

Nas palavras de Rui Moreira, esta cooperação “tem por base um ramo do direito essencial para defender a família como núcleo central da sociedade e para difundir os valores que estão associados à instituição familiar”.

“Numa cidade com fortes tradições burguesas, como é o Porto, a família é uma instituição primordial na formação da identidade local e na organização da vida em sociedade”, afirmou o autarca, seguro de que “as relações familiares continuam a influenciar fortemente a maneira de ser, agir e pensar das gentes do Porto e confundem-se com o caráter muito próprio da cidade”.