Cultura

Literatura reflete história dos portugueses em contacto com o mundo

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“Uma obra de notável interesse patrimonial e relevância historiográfica. Um contributo para a compreensão cabal da nossa História e da nossa identidade”. Assim descreveu o vice-presidente da Câmara do Porto o livro “Patrimónios de origem portuguesa – registos e reflexões”, do arquiteto João Campos. Editada com o apoio do Município, a obra aprofunda o conhecimento sobre o património da história dos portugueses em contacto com outros povos e culturas.

Considerando esse património uma “demonstração inequívoca do contributo de Portugal para a construção da modernidade, para o advento da globalização e para o diálogo intercultural”, Filipe Araújo não deixou de lembrar que este “resultou de processos de ocupação e dominação portuguesa de territórios ultramarinos”.

“Devemos estar conscientes desta realidade e não a escamotear”, sublinhou, na apresentação do livro, na tarde de sábado, na Feira do Livro do Porto, um momento que contou com a presença do arquiteto Rui Loza.

No entanto, e “não obstante as sombras do passado”, acrescenta, “é nossa obrigação divulgar e valorizar a inestimável riqueza histórica, cultural, arquitetónica e artística do património português espalhado pelo globo”.

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Da mesma forma, considera o vice-presidente, a sua promoção “ajuda a reforçar os laços culturais, diplomáticos e afetivos com os países onde tivemos influência histórica” e “pode facilitar a cooperação bilateral em áreas como a educação, a cultura ou até o turismo”.

Em “Património de Origem Portuguesa – Registos e Reflexões”, João Campos reúne informações e registos de vários tipos, e apresenta uma breve caraterização documentada de projetos de reabilitação de património edificado de origem portuguesa, assim como uma reflexão sobre conteúdos culturais colhidos em missões de reconhecimento e avaliação.