Mobilidade

Integração no projeto Route 25 coloca o Porto na linha da frente da mobilidade para o futuro

  • Porto.

  • Notícia

    Notícia

O auditório da Fundação de Serralves recebeu, recentemente, a sessão de apresentação pública do projeto "Route 25: Evolução e Perspetivas", que tem como propósito alavancar a investigação e desenvolvimento de soluções tecnológicas disruptivas para a mobilidade autónoma.

O projeto – cuja apresentação foi organizada pela empresa Capgemini, líder do consórcio da Agenda para a Mobilidade Autónoma, Inteligente, Interoperável e Inclusiva do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), financiado pelo Next Generation EU – está em linha com a estratégia municipal de descarbonização por via da gestão da mobilidade, assente na cultura do "cidadão multimodal".

Assim, o Route 25 vem fortalecer o Porto enquanto playground de inovação, juntando tecnologias de ponta para a realização de atividades de teste da inovação, na área da mobilidade na cidade, garantindo que estas estão alinhadas com a estratégia definida no contexto da inovação e transição digital para a mobilidade.

O Route 25, que será implementado até setembro de 2025, pretende colocar Portugal – e o Porto não é exceção – na liderança da cadeia de valor do setor da mobilidade, através do desenvolvimento de atividade de I&D em quatro vetores temáticos: condução autónoma e assistida (AD/ADAS), experiência digital e conectividade adaptativa para mobilidade cooperativa, comunicação veicular e com a infraestrutura (V2X communication) e mobilidade elétrica.

Cinco demonstradores de larga escala (Demos)

Ao longo dos três anos definidos para o projeto, o PRR Route 25 prevê o desenvolvimento de 47 Produtos, Processos e Serviços (PPS), nos quatro vetores temáticos enunciados, que serão testados em três living labs (demonstradores de larga escala): Porto, Aveiro/Ílhavo e Fundão.

No caso do Porto, estão a ser preparados cinco demonstradores de larga escala (Demos), nos quais serão testadas as atividades de I&D desenvolvidas pelos parceiros tecnológicos:

  • Posicionamento do Centro de Gestão Integrada no Mundo Digital, através do recurso a nova informação digital, a partir da informação/dados obtidos em quatro casos de estudo para uma visão contínua e rica da dinâmica urbana (DEMO 16);
  • Interação infraestrutura-veículo (V2X), através de sensores estáticos e dinâmicos, para a testagem da previsão das condições de trânsito e da prioridade de veículos de emergência, em artérias relevantes na cidade para circulação deste tipo de veículo, como é o caso da Rua da Constituição e Damião de Góis (DEMO 17 e 18);
  • Manobras complexas do veículo autónomo, em contexto de grande mobilidade, tanto numa forma isolada como em cooperação com autocarros STCP (DEMO 19 e 20).
DR_route25_07_2024_02.jpg

Presente no evento, o vice-presidente da Câmara, Filipe Araújo, louvou a união de esforços entre os municípios do Porto, Aveiro, Fundão e Ílhavo, e a capacidade demonstrada por todos para se aliarem a um setor privado altamente especializado em áreas técnicas como a engenharia e tecnologia, apostando num benefício a longo prazo para as suas comunidades, no que diz respeito a uma mobilidade mais inteligente, sustentável e eficiente.

Melhorias incrementadas pelo Município

Os PPSs do Route 25 deverão ser colocados no mercado a partir de 2025, ano final do projeto. Neste sentido, o Município do Porto tem alocado significativos esforços para a melhoria da mobilidade, através do incentivo à adoção do transporte público como foi o caso da recente ligação do cartão Porto. à oferta de 22 viagens gratuitas no Andante.

Por outro lado, a cidade tem criado infraestruturas e condições para disseminar os modos suaves (rede pedonal reforçada, percursos cicláveis, serviços partilhados), como foi o caso da adesão à Rede Cidades e Vilas que Caminham e àRede 20 Porto de Partilha que define uma série de percursos prioritários para meios de mobilidade suave ao longo já de cerca de 30 km de arruamentos, com velocidade máxima limitada aos 20 km/h e prioridade para o peão e modos suaves.

Numa vertente mais tecnológica, o Porto tem também implementado soluções inovadoras de apoio a uma melhor mobilidade, como por exemplo com a instalação de câmaras de gestão de tráfego (CCTV) e com os sistemas de mensagem variável.