Sociedade

Frente Atlântica aprovada hoje

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A constituição da Associação da Frente Atlântica do Porto
foi hoje à noite aprovada em Assembleia Municipal no Porto, apesar da oposição
da CDU e do PSD, o que permitirá à Invicta evoluir a união de interesses
com os municípios de Matosinhos e Vila Nova de Gaia. Rui Moreira lembrou os
deputados social-democratas que em campanha defenderam a fusão das cidades,
perguntando-se sobre "as insondáveis tendências do PSD no Porto". A proposta foi aprovada com 33 votos a favor e 13 contra.


O anúncio da constituição da associação foi feito no dia 11
de dezembro deste ano, pelos três presidentes de Câmara, depois de, a 12 de
dezembro de 2013 terem assinado uma Carta de Compromisso que evocava sete
objetivos: a promoção económica conjunta da frente atlântica; áreas de
candidatura conjunta na formação e emprego; defesa conjunta de ativos e infraestruturas
económicas regionais; promoção de políticas conjuntas de turismo, lazer e
animação; perceção de rede de equipamentos culturais e educacionais e sua
evolução; convergência nas áreas sociais e articulação das questões de mobilidade
e infraestruturas comuns.


A proposta mereceu os votos favoráveis de setores da esquerda e da direita, embora com a oposição da CDU e do PSD, tendo o Bloco de Esquerda referido "o interesse da articulação de políticas
entre os três municípios", adiantando vários exemplos de outras associações
existentes pelo país fora e com bons resultados. O Partido Socialista referiu
também que "esta associação em nada desvaloriza a Área Metropolitana do Porto,
uma vez que se tratam de escalas diferentes".


Já a CDU manifestou-se contra, por "não se vislumbrar o
interesse da sua constituição". Para os comunistas, "o direito de associação
visa dar resposta a problemas concretos", adiantando que "não se vislumbra
nenhum objetivo concreto".


O PSD disse que "somos de acordo com todos os movimentos
associativos. Mas temos as maiores dúvidas da constituição desta associação.
Não é necessário constituir esta associação. Poderiam atingir-se os objetivos
sem a constituição desta entidade."


O grupo de eleitores independentes Rui Moreira: Porto o
Nosso Partido, afirmou que a posição contra da CDU "é, em si mesma, a negação
do municipalismo", lembrando que "esta associação não poderá ser mais do que o
acerto da vontade dos municípios que a integram".


Rui Moreira lembrou que o próximo Quadro Comunitário de
Apoio favorece candidaturas transmunicipais e que o entendimento destes três
municípios é fundamental, "mas esse é apenas um dos fins da associação",
lembrou, apontando a repetição de equipamentos nos três municípios e a
coordenação de eventos, como outras áreas de trabalho conjunto, além da
importante tomada de posição política conjunta dos três municípios, que congregam
750 mil habitantes.


O presidente da Câmara afirmou ainda que "o Partido
Comunista está a defender um modelo centralista". Em relação à posição do PSD,
Rui Moreira disse "não conseguir compreender" sobre "qual é este PSD. Há pouco
mais de um ano os senhores defendiam a fusão das cidades, uma espécie de OPA
sobre o Porto. Agora não querem uma simples associação. Não compreendo, por
isso, este mistério insondável do PSD do Porto e das suas várias tendências",
terminando lembrando que "também nisto, estamos a cumprir o nosso programa".


 


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