Ministra da Cultura sublinha importância da Feira do Livro do Porto no panorama cultural do país

"Visitar a Feira do Livro do Porto é obrigatório porque é um grande acontecimento cultural, a nível nacional". Foi desta forma que a ministra da Cultura se pronunciou sobre o evento, que acabara de visitar, esta segunda-feira, ao final da tarde, na companhia do presidente da Câmara, Rui Moreira, do vice-presidente, Filipe Araújo, da vereadora da Juventude, Catarina Araújo, e demais convidados. Uma edição que tem batido sucessivos recordes de afluência de visitantes.

Dalila Rodrigues percorreu os stands, com especial enfoque na zona dos alfarrabistas e de algumas editoras de autor. "Só ouvi elogios acerca da Feira do Livro e, particularmente, sobre esta edição", afirmou, acrescentando: "Não apenas pelo número de editoras presentes, mas também pela enorme qualidade da sua programação, pelo que só pode ser um sucesso".

Para a ministra da Cultura, o livro deve continuar a ser valorizado, pelo que as políticas culturais do Ministério, a apresentar brevemente, vão privilegiar o setor – "o livro, os autores, os tradutores, os livreiros, as bibliotecas, a divulgação e valorização da língua portuguesa", revelou.

Um presente especial

“O livro é um instrumento civilizacional da maior importância. É através deles que se transmitem os conhecimentos de geração em geração e que se regista a memória. É um bem cultural essencial que só pode ser valorizado pelas políticas culturais de cada estado", sublinhou.

Dalila Rodrigues recebeu do presidente da Câmara um livro que, duplamente, corresponde a "um enorme gosto" pessoal: "não só porque é um livro, mas também porque aborda os painéis de S. Vicente". Uma obra-prima da arte portuguesa que, enquanto historiadora de arte, não só estudou como zelou enquanto diretora do Museu de Arte Antiga.

Entre editoras, livrarias e alfarrabistas, Rui Moreira destacou a presença destes últimos, "uma marca distintiva da cidade". "É toda uma atividade que tem a ver com a história da cidade", acrescentou.

Ministra e presidente da Câmara assistiram depois ao espetáculo "O Tempo Avança por Sílabas", no auditório da Biblioteca Municipal Almeida Garrett, integrada no ciclo "Com Palavras Amo". "O Tempo Avança por Sílabas", título de um dos livros e poema de João Luís Barreto Guimarães, é uma criação para uma atriz (interpretada por Paula Abrunhosa). O espetáculo teve encenação de Isabel Barros, Teresa Lima (dramaturgia e oralidade) e José Luís Guimarães (cenografia e música).

Feira continua a bater recordes de afluência

A 11.ª edição da Feira do Livro do Porto parte para mais uma semana com uma afluência que excede todas as expectativas: desde 23 de agosto, mais de 142 mil pessoas já passaram pela Avenida das Tílias para descobrir as propostas das 115 editoras, livrarias e alfarrabistas, que ali vão permanecer até dia 8. As visitas representam um aumento de 15 por cento face ao registado durante o mesmo período da última edição.

Nesta semana, a energia solar de Eugénio de Andrade, o "poeta da luz" que tem já uma tília em seu nome, continua a brindar os visitantes. À sua espera, estreantes e repetentes terão sessões de poesia, performances musicais na Concha Acústica e os stands que enchem de cor, animação, cultura e conhecimento todo o espaço do evento.

Nos próximos dias, a palavra, escrita, falada e cantada, continuará a "voar" pelos diferentes espaços dos Jardins do Palácio de Cristal, com as intervenções de Milhanas e Ana Zanatti entre os destaques da programação.

A Feira do Livro do Porto decorre até dia 8 e está de portas abertas todos os dias da semana, a partir do meio-dia (de segunda à sexta) ou das 11 horas (sábado e domingo). A programação completa da 11.ª edição e os formulários de inscrição nas atividades que requerem reserva do lugar podem ser consultados na página do evento.