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O "Amor de Perdição" faz 100 anos e o Coliseu do Porto dedica-lhe um cine-concerto

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Dando continuidade ao ciclo que a sala está a apresentar, o Coliseu Porto Ageas acolhe mais um cine-concerto no dia 14 de novembro, às 17,30 horas. “Amor de Perdição”, clássico do cinema assinado por Georges Pallu, conta com a interpretação da Orquestra Metropolitana de Lisboa, sob a direção musical do maestro Cesário Costa.

Começou como obra literária, uma das mais lidas e estudadas nas escolas, assinada por Camilo Castelo Branco e editada no século XIX (em 1862). Continua, ainda hoje, a ser um marco da literatura nacional, estudada e lida nas escolas, demonstrando o carácter atual da produção literária.

A história de um romance proibido protagonizado por Simão, Teresa e Mariana acabou por chegar ao grande ecrã, com a adaptação deste clássico para cinema, graças ao esforço feito pela Invicta Fims. “Amor de Perdição”, de Georges Pallu, foi a primeira versão cinematográfica da obra e estreou a 9 de novembro de 1921, no Cinema Olímpia, no Porto.

A rodagem do filme deu-se entre março e junho de 1921, dividindo-se entre os Solares da Portela e dos Condes da Regaleira, Casa do Engenho Novo em Porto Brandão e a Universidade de Coimbra, respeitando a indumentária estudantil de então. A famosa sequência do namoro à janela, retomada pela versão de Manoel de Oliveira, em 1979, é uma das melhores soluções narrativas que se pode encontrar nos filmes do realizador francês.

Parceria entre várias entidades

Para este cine-concerto, a partitura original de Armando Leça foi reconstruída e adaptada pelo pianista e compositor Nicholas McNair. Esta adaptação surgiu após um trabalho de transcrição e estudo crítico das fontes existentes levado a cabo pelos musicólogos Manuel Deniz Silva e Bárbara Carvalho, da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa.

Para o efeito, foram convidados vários solistas da Orquestra Metropolitana de Lisboa que, sob a direção musical do maestro Cesário Costa, darão música (voz e corpo) a este clássico mudo de 1921, com três horas de duração.

O ciclo de concertos que o Coliseu está a apresentar é uma parceria do Coliseu Porto Ageas e da Ágora – Cultura e Desporto, juntamente com a Cinemateca Portuguesa, a Orquestra Metropolitana de Lisboa e a Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. No próximo ano, esta versão poderá ser apresentada em várias salas de cinema e será editada em DVD, dando continuidade à coleção de títulos do cinema mudo português.

Os bilhetes estão à venda na bilheteira do Coliseu Porto Ageas ou na Ticketline.