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Porto adota iniciativa para manter idosos Sempre Acompanhados

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O Porto terá à sua disposição mais uma força para ajudar no combate à solidão dos idosos, tornando-os pertença de uma comunidade e comprometendo a sociedade para com os mais sozinhos. Reunido na manhã desta segunda-feira, o Executivo foi unânime na decisão de firmar a parceria com a Fundação “la Caixa” para colocar em ação o projeto “Sempre Acompanhados”.

O vereador com o pelouro da Coesão Social, Fernando Paulo, explicou que este acordo não pressupõe qualquer custo para o Município, uma vez que “o financiamento da Fundação ‘la Caixa’ vai ser feito diretamente à instituição que vai promover e gerir o programa”, selecionada depois de um período de candidaturas.

À Câmara do Porto caberá a atribuição de um técnico “para fazer a coordenação do programa e a articulação com a rede social”, e que será responsável por “garantir o cruzamento com todos os programas que temos em vigor” no âmbito do combate à solidão dos mais velho.

O projeto-piloto, adianta Fernando Paulo, “vai incidir na zona do Bonfim e da União de Freguesias do Centro Histórico”, mas “queremos generalizar o programa a toda a cidade”. Para fazer face ao crescente envelhecimento da população, pode ler-se no documento apresentado pelo vereador, "é necessário adaptar a atuação junto das pessoas idosas, focando em acompanhar e facilitar o desenvolvimento de uma vida plena através do fomento das suas capacidades e recursos, do respeito dos seus direitos e dignidade, garantindo a livre tomada de decisões com base nos seus próprios valores".

Neste momento, o Município do Porto tem já uma parceria com a Fundação “la Caixa” no âmbito do programa Proinfância. Com três territórios de intervenção identificados, o apoio daquela entidade “ronda os 300 mil euros”.

Em colaboração com diversas instituições e entidades sociais, o programa Sempre Acompanhados foi criado, segundo a Fundação “la Caixa”, “para dar resposta ao desafio da solidão”. Entre as ações estão o acompanhamento dos seniores e a sua capacitação “para que possam gerir a sua própria solidão”, a construção de “redes comunitárias sólidas capazes de fomentar relações de apoio e entreajuda”, e a sensibilização das comunidades “para a importância dessas relações”.

Implementado em Espanha já há oito anos, abrange 14 municípios espanhóis e começa agora a chegar a Portugal.