Economia

Presença do Porto no MIPIM reforça investimento na habitação

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Novas oportunidades de emprego, mais investimento no setor da habitação e a captação de empresas internacionais para a região são o foco da presença do Município na maior feira mundial do setor imobiliário, que decorre em Cannes. Perante a procura que o Porto tem despertado entre os investidores, o vereador da Economia faz um "balanço extremamente positivo" da participação no MIPIM.

Com "reuniões muito importantes com geografias novas", Ricardo Valente admite que "as coisas têm corrido muito bem do ponto de vista de investidores que nos têm procurado enquanto cidade".

Lembrando que se trata de um evento onde participam cerca de 25 mil pessoas, "que são decisores", o vereador da Economia diz mesmo que "basicamente, tropeçamos em oportunidades de investimento".

Mesmo que este nem seja "dos anos mais fáceis do ponto de vista da economia mundial", Ricardo Valente considera que "é muito difícil deixarmos de vir porque a dimensão das oportunidades que se têm é única".

Dentro da missão Greater Porto, que une a cidade aos concelhos de Vila Nova de Gaia e Matosinhos, os vereadores da Economia e do Urbanismo e Habitação assumem estratégia que os levou ao MIPIM: a captação de cerca de 10 mil milhões de euros de investimento direto estrangeiro até 2030 na região (mais de 100 milhões de euros só nesta edição, para superar o resultado do ano passado), além da atração de investidores no mercado imobiliário que permitam a criação de 45 mil novas casas – construídas ou reconstruídas – nas três cidades.

"É inegável que o problema da Europa ocidental é a habitação e uma das prioridades que temos é a captação de investimento para habitação", sublinha Pedro Baganha, citado pelo Jornal de Notícias.

O vereador da Habitação assume a necessidade de "aumentar a oferta de habitação", não deixando de lembrar como, na edição anterior do MIPIM, "os três municípios foram responsáveis por mais de seis mil fogos licenciados e construídos".

Greater Porto como exemplo de cooperação para lá da concorrência

Além da habitação, o vereador da Economia adianta que os mais de 10 mil milhões de euros que procuram captar será canalizado, também, para diferentes áreas de imobiliário, entre logística, indústria ou hotelaria.

Para Ricardo Valente, o "Greater Porto é um projeto ganhador porque é agregador" e "um exemplo da capacidade de cooperação entre municípios". "É um exemplo tão importante que os nossos colegas de Lisboa e da margem sul de Lisboa discutem entre eles este nosso modelo de agregação, de imagem continuada, de capacidade de nos vendermos em conjunto", acrescenta.

Recorde-se que a capacidade de atração de investimento direto estrangeiro do Porto foi, novamente, reconhecida pelo Financial Times, que voltou a colocar a Invicta entre as Cidades e Regiões Europeias do Futuro.

Durante uma semana, estão no maior evento do setor imobiliário do mundo cerca de 90 países, mais de 300 stands, 22.500 representantes e mais de 6.500 investidores. Além dos municípios do Porto, Vila Nova de Gaia e Matosinhos, o Greater Porto incluiu diversas empresas do setor na comitiva regional.