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Programação de Serralves celebra 35 anos de vida da fundação e os 50 de Abril

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Guilherme Costa Oliveira

A Fundação de Serralves vai celebrar os 35 anos de existência e os 50 anos da Revolução de Abril em 2024 a marcarem exposições, ciclos de cinema, conferências e espetáculos.

Da programação, apresentada esta quinta-feira, destaque para a primeira exposição a ocupar a nova ala do Museu - a Ala Siza - sobre a artista japonesa Yayoi Kusama, para as exposições dedicadas a Joan Miró, Francisco Tropa, Sara Bichão e Devendra Banhart, para atuações de João Fiadeiro e Vera Mantero, para os grande eventos, como Serralves em Festa, Festa de Outono e Serralves em Luz, e para os ciclos de cinema dedicados a Manoel de Oliveira e a Jean-Luc Godard, além da celebração do centenário de Mário Soares.

Além dos 35 anos da Fundação de Serralves, 2024 assinala também os 25 anos do Museu de Serralves, o primeiro museu de arte contemporânea criado em Portugal, os cinco anos da Casa Cinema Manoel de Oliveira e do Treetop Walk, uma trilha pelas copas do Parque, e o primeiro ano da nova ala do Museu, dedicada ao arquiteto Álvaro Siza.

A 23 de fevereiro é inaugurada a primeira exposição da Ala Álvaro Siza, sob o nome "Anagramas Improváveis", "que promove relações e pontes entre artistas de diferentes origens e gerações presentes na Coleção de Serralves" e que vai acompanhar a primeira grande exposição dedicada à obra do arquiteto, "Arquivo Álvaro Siza", que se estrutura "em torno do conceito C.A.S.A, reunindo vários [dos seus] projetos".

Celebrar Abril

O ano no Museu abre em março com uma exposição da artista japonesa Yayoi Kusama, com pinturas, esculturas, performances, imagens em movimento e instalações de grande escala.

Em abril, para comemorar os 50 anos do 25 de Abril, será inaugurada a mostra "Pré/pró – Declinações visuais do 25 de Abril", um projeto que pretende "investigar as tensões, contradições e os movimentos paradoxais que marcaram os períodos antes e posteriores À Revolução".

Ainda no Museu vai ser possível ver a maior exposição individual institucional dos últimos 15 anos do artista multidisciplinar de origem belga Francis Alÿs, os trabalhos do canadiano Stan Douglas e uma outra exposição dedicada a Mário Soares que promete “uma reflexão sobre a relação entre o pensar e o agir político e a arte e a cultura".

Quanto a artistas portugueses, destaque para a maior exposição de sempre de Francisco Tropa, para a dupla João Pedro Vale & Nuno Alexandre Ferreira, para jovem artista Sara Bichão e para a primeira exposição do músico Devendra Banhart.

Viagem pelas obras de Manoel de Oliveira

Nas Artes Performativas e na Música, salientam-se os 10 anos do Museu como Performance, os trabalhos de João Fiadeiro e Vera Mantero, o Ciclo Teresa Silva, os músicos Lorenzo Senni e Peter Broderick, entre outros, assim como o Festival Dias da Dança e a 34.ª edição do Jazz no Parque.

Na programação da Casa Manoel de Oliveira, realce para o segundo momento do ciclo de exposições "Manoel de Oliveira e o Cinema Português", e para uma exposição sobre o cineasta da 'nouvelle vague' Jean-Luc Godard. Está também prevista uma viagem pelas obras que Manoel de Oliveira não realizou e pela correspondência entre o cineasta português e o escritor José Régio.

O Parque irá ver a recuperação de alguns espaços, a inauguração da nova estufa, do projeto de requalificação da Horta e dos caminhos, o regresso da Grande Fonte, desenhada por Jacques Gréber em 1932, retirada nos anos 1980, e com os concertos da Banda Sinfónica Portuguesa e o Sons no Parque, entre outros momentos.

A Fundação de Serralves, criada em 1989, teve em 2023 mais de um milhão de visitantes e ganhou 25 novos fundadores.