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Quentes e boas, em dia de S. Martinho as castanhas brilharam nos refeitórios municipais

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“No dia de S. Martinho, lume, castanhas e vinho”. A sabedoria popular é específica quanto à forma como devem consumir-se o fruto característico desta altura do ano, e a tradição cumpriu-se nos refeitórios municipais com um menu de almoço especial.

Caldo Verde para aconchegar o estômago, e depois quatro opções a escolher: Lombo de porco assado com molho de castanhas, batata e arroz; Rolo de pescada com molho cremoso de castanhas e tomate e arroz; Bifinhos de frango grelhados com arroz de legumes; ou Empadão de soja e castanha. O menu de carne, peixe, dieta, ou vegetariano, respetivamente, ofereceram opções para os trabalhadores da Câmara Municipal do Porto satisfazerem o apetite neste dia de S. Martinho. Todos receberam castanhas assadas para a sobremesa, cumprindo-se a tradição do magusto.

O cartucho no qual foram distribuídas as castanhas fornecia algumas informações de interesse sobre este fruto: a castanha é uma fonte de fibra, minerais, antioxidantes e vitaminas, em particular de vitamina C (dez castanhas fornecem metade da dose diária desta vitamina.

A castanha tem a vantagem de ser um alimento muito versátil no que respeita à sua confeção, é uma excelente opção para os seus pratos, sopas e sobremesas (nestes dias) de outono.

Fora dos refeitórios, verificou-se outro costume deste dia: o “verão de S. Martinho” fez a sua aparição, com um dia de sol e tempo quente.

Segundo a lenda, num dia de tempestade, um soldado romano de nome Martinho, percorria o seu caminho montado a cavalo, quando se deparou com um mendigo cheio de fome e frio. O soldado, conhecido pela sua generosidade, tirou a capa que envergava e com a espada cortou-a ao meio, para partilhar com o mendigo e abrigá-lo da chuva.

Mais adiante, encontrou outro pobre homem cheio de frio e ofereceu-lhe a outra metade. Sem capa, Martinho continuou a sua viagem ao frio e ao vento quando, de repente e como por milagre, o céu se abriu, afastando a tempestade. Os raios de sol começaram a aquecer a terra e o bom tempo prolongou-se por cerca de três dias.

Desde essa altura, todos os anos, por volta do dia 11 de novembro, surgem estes dias de calor, a que se passou a chamar “verão de S. Martinho”.