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Ricardo III no Teatro Carlos Alberto em língua gestual portuguesa e espanhola

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Ricardo III estreia em território nacional no Teatro Carlos Alberto esta quinta-feira, onde fica em cena até domingo. É uma criação da estrutura artística Terra Amarela, que, nos últimos anos, tem procurado tornar o teatro mais diverso e inclusivo, através de outros corpos, vozes e formas de comunicação.

Com adaptação de Magda Labarga, o espetáculo é coproduzido com o Teatro Nacional São João, a Culturproject, o Centro Dramático Nacional de Madrid, o Teatro Nacional D. Maria II e o Cineteatro Louletano. Depois da estreia absoluta em Madrid, no Teatro Valle-Inclán, em outubro passado, o espetáculo estreia-se agora em território nacional, no Teatro Carlos Alberto, no Porto.

Se os atores deixassem de usar a sua voz, surgiriam logo outras línguas e formas de representar. O encenador Marco Paiva propõe uma delas: um Ricardo III em língua gestual portuguesa e língua de signos espanhola, com um elenco formado por intérpretes dos dois países e legendado em português. Nesta adaptação do clássico de William Shakespeare, a trágica ascensão ao trono do Duque de Gloucester faz-se sem palavras e diálogos de viva-voz, mas com toda a força e beleza dos gestos.

Ciclo Outro Shakespeare

Ángela Ibáñez interpreta Ricardo III, acompanhada por David Blanco, María José López, Marta Sales, Vasco Soromenho e Tony Weaver, que se desdobram em várias personagens para dar vida à história do rei “maldito”. Ricardo III está em cena entre 18 e 21 com sessões quinta-feira e sábado às 19 horas, sexta-feira às 21 horas e domingo às 16 horas.

O espetáculo integra o ciclo Outro Shakespeare, que o Teatro Carlos Alberto apresenta entre janeiro e março. Nas três coproduções do Teatro Nacional São João (TNSJ) que compõem o ciclo cada um dos encenadores trabalha as peças do dramaturgo inglês sob um ângulo muito próprio. Para além deste Ricardo III de Marco Paiva, sobe ao palco do TeCA, entre 15 e 18 de fevereiro, Outra Tempestade, uma encenação de Carlos J. Pessoa, e, entre 29 de fevereiro e 3 de março, Hamlet, L’Ange du Bizarre com direção de Miguel Moreira.