Rui Moreira distinguido como sócio honorário do Teatro Experimental do Porto

O presidente da Câmara Municipal do Porto, Rui Moreira, recebeu, esta sexta-feira, o título de sócio honorário do Teatro Experimental do Porto (TEP), em cerimónia realizada no Palacete dos Viscondes de Balsemão, onde está patente, até dia 26, a exposição “70 Anos do TEP”.

Para a presidente do TEP trata-se uma justa homenagem a “quem se empenhou para que o apoio [municipal] fosse sustentado e foram feitas várias propostas para encontrar uma sede”, que se materializou no atual contrato de cedência no CACE Cultural, localizado no Freixo, “as melhores de sempre da história da companhia”, tal como afirmou o diretor artístico, Gonçalo Amorim.

“Desde a primeira candidatura à Câmara do Porto, em 2013, tomou a tarefa de trazer o TEP de volta ao Porto, projeto em que o saudoso Paulo Cunha e Silva foi também membro importante nesta dinâmica”, sublinhou Filomena Louro.

E reforçou: “Quando o TEP ficou sem apoio do Estado, nessa altura, o presidente Rui Moreira, assumindo a vereação da Cultura apoiou a companhia, não denunciando a parceria, antes fortalecendo-a, o que permitiu realizar a programação agendada”.

Por tudo isto, acrescentando o apoio financeiro para restauro do património, desenvolvimento e preservação do arquivo do TEP, em assembleia geral extraordinária, realizada no dia 23 de março, os membros da instituição decidiram, por unanimidade, atribuir o grau de sócio honorário do Teatro Experimental do Porto.

"A sua visão inspiradora, a sua paixão pela cultura, serviço público e a sua capacidade de unir as pessoas em torno de objetivos, tornaram-no uma figura central no nosso tecido social", afirmou também a presente da Assembleia Geral do TEP, Carmen Navarro.

O presidente da Câmara mostrou-se profundamente agradecido pelo gesto, garantindo o apoio à companhia de teatro. "Foi uma cerimónia simples, mas emotiva", confessou ao Porto. o diretor artístico do TEP.

Antes da cerimónia, Rui Moreira visitou, no mesmo local, a exposição “70 anos TEP - Um arquivo vivo”, patente até dia 26. A mostra, de entrada livre, aborda a história do Teatro Experimental do Porto, a mais antiga companhia de teatro profissional de Portugal.

Nascido em 1951 de um desejo de renovação da cena portuguesa, o TEP fez subir ao palco grandes dramaturgos nacionais e estrangeiros, clássicos e de vanguarda. Foi, desde o início, um espaço de afirmação da encenação moderna em Portugal e também de experimentação de novas linguagens, ao nível da cenografia e da iluminação.

Foi, igualmente, uma escola de representação – daqui saíram atores como Dalila Rocha, João Guedes ou Mário Jacques – e um lugar onde artistas/intelectuais multifacetados e carismáticos, como António Pedro – diretor da companhia entre 1953 e 1962 – ou Ernesto de Sousa, tiveram oportunidade de criar e pôr em prática as suas ideias.